Estimulação cerebral profunda pode ajudar a restaurar movimentos em pacientes com lesões no cérebro

Reprodução: ulrichw/pixabay

Pacientes que sofreram lesão cerebral traumática ou derrame e perderam a mobilidade dos braços e das mãos podem voltar a ter parte de suas funções motoras com a ajuda da estimulação cerebral profunda. A descoberta é de um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

A técnica, já utilizada para tratar tremores em pessoas com doença de Parkinson, consiste na implantação cirúrgica de eletrodos no cérebro, que enviam impulsos elétricos a áreas responsáveis pelo controle do movimento.

No experimento, os cientistas direcionaram a estimulação para o tálamo motor — uma estrutura profunda é crucial para a coordenação motora. Primeiramente, os testes foram feitos em macacos, que têm conexões cerebrais semelhantes às humanas entre o córtex motor e os músculos. O resultado foi imediato: melhora significativa na força muscular e na capacidade de preensão, sem movimentos involuntários.

Resultados animadores também em humanos

Com os bons resultados em animais, a equipe decidiu aplicar o mesmo tipo de estimulação em um paciente humano, já agendado para um implante de eletrodos a fim de tratar tremores nos braços, causados por uma lesão cerebral que comprometeu gravemente os movimentos.

Assim que os eletrodos foram ativados, o paciente apresentou melhora notável: conseguiu levantar objetos mais pesados e realizar movimentos de alcançar, segurar e levantar um copo com mais precisão e fluidez do que sem o auxílio da estimulação.

Próximos passos: avaliar efeitos de longo prazo

Agora, os pesquisadores pretendem investigar os efeitos prolongados da técnica e se a estimulação contínua pode levar a ganhos funcionais ainda maiores. O objetivo é avaliar o potencial da estimulação cerebral profunda como uma forma eficaz de reabilitação para pessoas que perderam funções motoras após traumas ou acidentes vasculares cerebrais.

Embora ainda em fase inicial, o estudo reforça o potencial da neurociência para restaurar habilidades motoras antes consideradas irrecuperáveis, oferecendo uma nova esperança para pacientes com paralisias severas.

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