Exame de sangue experimental pode prever risco de doenças pulmonares graves

Reprodução: Foto/Terra

Um novo exame de sangue em desenvolvimento promete ajudar a identificar, com antecedência, pessoas com maior risco de desenvolver problemas pulmonares graves, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A proposta do teste é analisar um conjunto de 32 proteínas presentes no sangue, capazes de indicar quais pacientes estão mais propensos a sofrer um declínio acelerado na função pulmonar.

Os dados iniciais impressionam: indivíduos com pontuações mais altas no exame apresentaram um risco 84% maior de desenvolver DPOC; uma chance 81% maior de morrer em decorrência de doenças respiratórias, como pneumonia ou a própria DPOC; além de um risco 17% maior de precisar de internações por problemas respiratórios e um aumento de 10% na probabilidade de apresentar sintomas como tosse, produção excessiva de muco e falta de ar.

A DPOC é um termo que engloba condições como enfisema e bronquite crônica, caracterizadas pela obstrução do fluxo de ar nos pulmões. Trata-se de uma condição progressiva e sem cura, mas que pode ser controlada com tratamento adequado.

O novo teste foi desenvolvido com base em dados coletados ao longo de 30 anos, em um estudo sobre saúde pulmonar e cardiovascular nos Estados Unidos. Quase 2.500 adultos participaram, realizando exames respiratórios até seis vezes durante o período. Entre eles, 138 apresentaram uma queda acentuada na função pulmonar.

Os pesquisadores analisaram milhares de proteínas nas amostras de sangue coletadas no 25º ano do estudo e identificaram 32 que se mostraram fortemente associadas à saúde pulmonar. A partir disso, foi criada uma pontuação capaz de prever o risco futuro de doenças respiratórias. Para validar o exame, a equipe ainda testou a pontuação em dados de mais de 40 mil adultos de outras duas pesquisas, e os resultados se confirmaram: o teste foi eficaz em identificar indivíduos com maior propensão a desenvolver problemas pulmonares graves.

Apesar dos resultados promissores, o exame ainda precisa passar por ensaios clínicos mais robustos e obter aprovação da FDA (agência reguladora dos EUA) antes de chegar ao uso clínico em larga escala.

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