Ficar muito tempo sentado pode aumentar risco de Alzheimer, aponta estudo

Reprodução: Foto/freepik

Mesmo com a prática de exercícios físicos, passar muitas horas do dia sentado pode ser prejudicial à saúde do cérebro — especialmente em pessoas mais velhas. Um novo estudo norte-americano revelou que o comportamento sedentário pode acelerar alterações cerebrais ligadas ao Alzheimer, uma das doenças neurodegenerativas mais comuns no mundo.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Pittsburgh e do Centro Médico da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, e publicada nesta última terça-feira (13) na revista científica Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

Sentar demais, mesmo se você se exercita, pode afetar o cérebro

No estudo, 404 adultos com mais de 50 anos usaram dispositivos no pulso para monitorar o nível de atividade física por sete dias. A ideia era medir com precisão quanto tempo cada participante passava em repouso — sentado ou deitado, sem se movimentar.

Durante os sete anos de acompanhamento, os pesquisadores analisaram imagens de ressonância magnética e testes de cognição dos participantes. O resultado foi claro: quem passava mais tempo sentado apresentou maior risco de encolhimento cerebral em regiões ligadas à memória e ao raciocínio — mesmo entre aqueles que se exercitavam diariamente.

“Não basta se exercitar uma vez por dia. O cérebro também precisa de pausas durante o dia para se manter saudável”, explicou a professora Marissa Gogniat, principal autora do estudo.

Risco maior em quem tem predisposição genética

O estudo também trouxe um alerta importante: os efeitos negativos do sedentarismo foram ainda mais significativos entre pessoas com predisposição genética ao Alzheimer — especificamente aquelas com o alelo APOE-e4, uma variação genética já conhecida por elevar o risco da doença.

Segundo os autores, isso reforça que fazer pequenas pausas ativas ao longo do dia, levantar-se com frequência e evitar longos períodos de inatividade podem ser estratégias valiosas para proteger o cérebro do envelhecimento.

“Precisamos repensar o tempo que passamos sentados. Levantar-se por alguns minutos a cada hora pode fazer diferença para a saúde cerebral no longo prazo”, afirmou a professora Angela Jefferson, coautora do estudo.

Movimente-se pelo seu cérebro

O Alzheimer ainda não tem cura, mas fatores como alimentação equilibrada, controle de doenças crônicas e estilo de vida ativo são aliados comprovados na prevenção. E agora, segundo a ciência, romper com o sedentarismo do dia a dia pode ser mais importante do que nunca.

Levantar-se, caminhar, alongar-se — qualquer movimento conta. Seu cérebro agradece.

Fonte: Metrópoles

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