O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo humano: atua na metabolização de toxinas, produção de colesterol e armazenamento de vitaminas A, D e K. No entanto, o excesso de medicamentos, má alimentação e consumo frequente de álcool podem comprometer suas funções e sobrecarregar o órgão, alerta o médico Silas Oliveira, especialista em saúde funcional e integrativa.
O que causa a sobrecarga do fígado?
Entre os principais vilões está a automedicação. “Muitas pessoas tomam remédios por conta própria, sem orientação médica. Esse uso indevido pode causar danos sérios, como a hepatite medicamentosa”, explica o médico. Segundo ele, o paracetamol é um exemplo clássico: doses acima de 4 gramas por dia já podem causar toxicidade e inflamação no fígado.
Outro fator preocupante é a alimentação rica em produtos industrializados. Alimentos com conservantes, corantes, temperos prontos e até mesmo o consumo frequente de refrigerantes favorecem o acúmulo de gordura no órgão — condição conhecida como esteatose hepática.
O álcool, especialmente bebidas destiladas como whisky, vodka e cachaça, também é um dos principais responsáveis por essa sobrecarga. “O consumo exagerado pode acelerar o acúmulo de gordura no fígado e prejudicar seu funcionamento”, ressalta.
Quais são os sintomas de alerta?
Problemas no fígado nem sempre são percebidos de imediato, mas alguns sinais indicam que algo não vai bem. Fique atento aos sintomas mais comuns:
- Sabor amargo constante na boca
- Olhos e pele amarelados
- Dores abdominais ou cólicas frequentes
- Fezes descoloridas (amareladas ou esbranquiçadas)
Esses sintomas indicam que o fígado pode estar falhando em suas funções básicas, como metabolizar toxinas e absorver nutrientes.
Quais os riscos de um fígado sobrecarregado?
Um fígado comprometido pode gerar impactos em várias áreas do organismo. “O paciente pode ter dificuldades para absorver vitaminas essenciais, além de sobrecarregar o sistema digestivo e o processo de eliminação de toxinas”, explica o Dr. Silas.
Como tratar e prevenir?
A boa notícia é que é possível reverter esse quadro com mudanças simples, mas consistentes. “O tratamento começa na causa: reduzir o consumo de industrializados, evitar o álcool em excesso e nunca tomar medicamentos sem prescrição médica”, recomenda o especialista.
A prevenção passa por escolhas diárias: investir em uma alimentação balanceada, praticar atividade física regularmente e ter consciência sobre o que se consome. “Muitas vezes, as pessoas tomam remédios para tratar doenças causadas por maus hábitos alimentares. Mudar o estilo de vida pode ser o melhor remédio”, finaliza o médico.