Gastrite tem cura? Entenda os hábitos que podem contribuir para o desenvolvimento da doença

Reprodução: Martin Büdenbender/pixabay

A gastrite é uma inflamação que atinge o revestimento do estômago, causando sintomas como dor, queimação e desconforto abdominal. Ela pode se manifestar de duas formas principais: aguda ou crônica, e cada uma tem características e causas distintas.

Gastrite aguda e crônica: Diferenças e sintomas

A gastrite aguda ocorre de forma repentina e pode ser causada por fatores pontuais, como uso excessivo de anti-inflamatórios, consumo de álcool em grandes quantidades ou infecções agudas, especialmente pela bactéria Helicobacter pylori. Os sintomas surgem rapidamente e incluem dor no estômago, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, até hemorragias.

Já a gastrite crônica se desenvolve de maneira mais lenta e está associada a fatores contínuos, como infecção persistente por H. pylori, doenças autoimunes, tabagismo ou o uso prolongado de medicamentos. Essa forma da doença pode ser assintomática ou causar sintomas mais vagos e intermitentes, como sensação de estômago cheio após pequenas refeições e desconforto abdominal. Nos estágios avançados, a gastrite crônica pode levar a complicações, como úlceras e até câncer gástrico.

Tipos de gastrite

  • Gastrite nervosa: Associada a fatores emocionais, pode apresentar sintomas típicos da gastrite mesmo sem inflamação no estômago.
  • Gastrite erosiva: Causa inflamação, úlceras e sangramentos na mucosa do estômago.
  • Gastrite enantematosa: Atinge mais profundamente o tecido gástrico, gerando vermelhidão, inchaço e lesões.
  • Gastrite eosinofílica: Caracteriza-se pelo acúmulo de eosinófilos, células do sistema imunológico, na parede do estômago, geralmente relacionadas a reações alérgicas ou parasitas.

Fatores que favorecem o desenvolvimento da gastrite

Diversos hábitos e comportamentos alimentares podem contribuir para o desenvolvimento da gastrite. Entre os principais fatores de risco estão:

  • Jejum prolongado: Pode aumentar a acidez estomacal, favorecendo a inflamação.
  • Excesso de café e refrigerantes: O consumo excessivo de bebidas cafeinadas e bebidas gasosas pode irritar o revestimento gástrico.
  • Dieta rica em gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados: Alimentos com altos níveis de gorduras e aditivos prejudiciais podem aumentar o risco de gastrite.
  • Estresse: O estresse estimula a liberação de gastrina, hormônio que aumenta a secreção de ácido pelo estômago. Além disso, hormônios como adrenalina e cortisol podem reduzir a proteção da mucosa gástrica, favorecendo o desenvolvimento da doença.
  • Uso frequente de medicamentos: O uso contínuo de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode comprometer a mucosa gástrica e aumentar o risco de complicações como úlceras.

A gastrite tem cura?

A resposta depende do tipo e das causas da gastrite. Nos casos agudos, a solução pode ser tão simples quanto eliminar o fator causador, como suspender o uso de um medicamento. Nos casos crônicos, o tratamento exige mudanças no estilo de vida, como:

  • Interrupção de hábitos prejudiciais: Deixar de fumar e reduzir o consumo de álcool.
  • Tratamento de infecções: Erradicar a infecção por H. pylori, se presente.
  • Uso de protetores gástricos: Quando indicado, medicamentos podem ajudar a proteger a mucosa do estômago.
  • Acompanhamento médico regular: Consultas frequentes ajudam a monitorar o progresso do tratamento e a prevenir complicações.

No entanto, a gastrite pode se tornar permanente quando está associada a condições autoimunes ou quando as causas subjacentes não são tratadas adequadamente.

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