Gordura no fígado: o que causa, como tratar e por que a prevenção é tão importante

Reprodução: macrovector/freepik

Com a rotina agitada e os maus hábitos alimentares cada vez mais comuns, a esteatose hepática — conhecida popularmente como gordura no fígado — tem se tornado um problema de saúde frequente. Apesar de, na maioria das vezes, não causar sintomas nas fases iniciais, essa condição pode evoluir para quadros mais graves, como inflamações no fígado, fibrose e até cirrose.

O que poucos sabem é que, na maioria dos casos, essa é uma condição reversível. A chave para isso está nas mudanças no estilo de vida, principalmente na adoção de uma alimentação equilibrada, aliada à prática regular de atividade física e ao controle do peso corporal.

Causas e fatores de risco

Segundo especialistas, o acúmulo de gordura no fígado pode ter origem tanto no consumo excessivo de álcool quanto em hábitos alimentares desregulados — no caso da esteatose hepática não alcoólica. Em ambos os cenários, a inflamação provocada pelo acúmulo de gordura pode comprometer seriamente a saúde do fígado.

Estima-se que cerca de um quarto da população mundial tenha algum grau de gordura no fígado. O risco é maior em pessoas com doenças crônicas como diabetes tipo 2, pressão alta, obesidade e colesterol elevado. Como é uma doença silenciosa, muitos só descobrem o problema em estágios mais avançados, quando o fígado já apresenta sinais de comprometimento.

Diagnóstico depende de exames

O diagnóstico da esteatose hepática geralmente começa com exames de sangue que avaliam o funcionamento do fígado, incluindo níveis de enzimas como ALT, AST, fosfatase alcalina, gama-GT e bilirrubinas. Em complemento, a ultrassonografia do abdômen é fundamental para identificar alterações na estrutura do fígado.

O médico Adolfo Cezar Rodrigues Chang explica que o exame de imagem ajuda a visualizar o grau de gordura acumulada no órgão, facilitando o diagnóstico e o acompanhamento do quadro clínico do paciente.

Mudanças no estilo de vida são o principal tratamento

Ainda não existe um remédio específico aprovado para tratar diretamente a gordura no fígado. Por isso, o foco do tratamento é mudar os hábitos. Adotar uma alimentação saudável, reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e praticar atividades físicas regularmente são atitudes que fazem diferença real na reversão do quadro.

Alguns medicamentos e suplementos podem ser utilizados, mas apenas com acompanhamento médico, pois determinadas substâncias podem causar ainda mais danos ao fígado. Ignorar o tratamento pode trazer sérias consequências. Mesmo em pessoas que não consomem álcool, a doença pode evoluir para cirrose. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa já é a principal causa de transplantes de fígado — e o Brasil caminha na mesma direção.

Como se prevenir?

Embora não exista uma forma única de evitar completamente a esteatose hepática, investir em hábitos saudáveis é, sem dúvida, o melhor caminho. Manter o peso sob controle, alimentar-se bem, com muitas frutas, legumes e verduras, evitar frituras, refrigerantes e carnes processadas, além de reduzir o consumo de álcool, são atitudes que ajudam a proteger o fígado e a saúde como um todo.

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