Com hábitos saudáveis e acompanhamento adequado, é possível viver bem mesmo com hipertensão — condição que atinge quase 28% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde. Silenciosa e traiçoeira, a pressão alta é uma das principais causas de infartos, AVCs e insuficiência renal, especialmente quando não é diagnosticada ou tratada a tempo.
No Dia Mundial da Hipertensão, celebrado em (17/05), especialistas esclarecem o que é verdade e o que é mito sobre a doença:
1. Hipertensão sempre dá sintomas
Mito.
A pressão alta costuma não apresentar sinais claros. Por isso, é conhecida como “inimiga silenciosa”. Muitas pessoas só descobrem o problema após uma emergência, como um derrame ou infarto. Medir a pressão regularmente é essencial.
2. A doença não tem cura, mas pode ser controlada
Verdade.
Apesar de crônica, a hipertensão pode ser controlada com uma combinação de mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos. Dieta equilibrada, redução do consumo de sal, prática de atividade física e controle do peso fazem diferença.
3. Só pessoas idosas têm pressão alta
Mito.
Embora a incidência aumente com a idade, jovens também podem desenvolver hipertensão, especialmente aqueles com histórico familiar, sobrepeso, vida sedentária, alimentação inadequada ou exposição frequente ao estresse.
4. Hipertensos devem reduzir o consumo de sal
Verdade.
O excesso de sódio é um dos principais vilões da pressão alta. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de no máximo 5 gramas de sal por dia (o equivalente a uma colher de chá). Atenção: o sódio está escondido em muitos alimentos industrializados!
5. Se a pressão está controlada, posso parar o remédio
Mito.
Interromper o tratamento por conta própria é muito perigoso. A medicação ajuda a manter a pressão em níveis seguros. Parar de tomar os remédios sem orientação médica pode desencadear crises graves.
6. Hipertensão aumenta o risco de doenças do coração e do cérebro
Verdade.
A pressão alta danifica os vasos sanguíneos com o tempo, favorecendo o entupimento ou rompimento das artérias. É um dos fatores que mais contribuem para infarto, AVC, aneurismas e insuficiência cardíaca.
Prevenção é o melhor caminho
Manter hábitos saudáveis, medir a pressão regularmente e procurar atendimento médico ao menor sinal de alteração são atitudes que fazem toda a diferença. A hipertensão não tem cura, mas com cuidado, informação e disciplina, ela não precisa ser uma sentença.