O segurança Kevin Coles, de 46 anos, foi tratado por meses com laxantes para aliviar dores abdominais que, segundo médicos, seriam causadas por constipação. No entanto, após um diagnóstico tardio, Kevin descobriu que a causa de seus sintomas era, na verdade, um câncer de intestino terminal.
O tumor, com nove centímetros, já estava em metástase quando foi identificado, e Kevin, desde o início deste ano, recebeu o diagnóstico de doença terminal. Isso significa que não há mais tratamentos médicos eficazes para combatê-lo.
Tratamento Indevido e Diagnóstico Tardio
Kevin, pai de sete filhos, foi repetidamente liberado pelos médicos com receitas de laxantes desde o início de 2024, quando as dores abdominais começaram. A situação se agravou no final de agosto, quando ele desenvolveu icterícia, um sintoma de falha hepática.
“Ele começou a suar como se alguém estivesse jogando água nele e percebi que Kevin estava completamente amarelo”, contou Kayleigh, esposa de Kevin, em entrevista ao Daily Mirror. Depois de semanas de insistência, Kevin finalmente fez um exame de imagem em setembro, revelando um tumor de nove centímetros no intestino, já com metástase no fígado.
A icterícia foi um sinal de que o câncer havia se espalhado, e o tratamento com quimioterapia começou em outubro, mas sem sucesso em conter a doença. Desde então, Kevin desenvolveu insuficiência hepática e os médicos alertaram que ele pode ter apenas algumas semanas de vida, caso o tumor não responda ao tratamento. Ele perdeu mais de 24 quilos e enfrenta dificuldades severas de mobilidade.
Crítica à Falha do Sistema de Saúde
A família de Kevin acredita que o sistema de saúde falhou em investigar adequadamente os sintomas. “É muito perturbador que ele tenha sido mandado embora inúmeras vezes com laxantes. Kevin deveria ter sido levado mais a sério quando chegou com dor abdominal”, afirmou Kayleigh. O casal havia planejado se casar em agosto deste ano, mas decidiu antecipar a cerimônia para dezembro de 2024.
Sinais de Alerta para o Câncer de Intestino
O câncer de intestino pode apresentar sintomas como alterações nos hábitos intestinais, sangramento anal, presença de sangue nas fezes, inchaço abdominal, dor e perda de peso inexplicável. Caso qualquer um desses sinais persista por mais de três semanas, o Ministério da Saúde recomenda procurar um médico. A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
A oncologista Renata D’Alpino destaca a preocupação com o aumento de casos de câncer colorretal entre pessoas menores de 50 anos. “A população deve ter acesso a médicos, exames e tecnologias. Quanto mais cedo a doença for descoberta, melhor será o prognóstico e maiores as chances de cura”, explica.
A prevenção primária, com mudanças no estilo de vida e alimentação, e a secundária, com exames regulares, são fundamentais para reduzir os riscos. A oncologista reforça a importância de exames periódicos, como a colonoscopia, especialmente para pessoas com histórico familiar de tumores intestinais, a partir dos 50 anos.