Influenciadora descobre alzheimer precoce aos 48 anos após confundir sintomas com TDAH

Reprodução/GoFoundMe

Aos 48 anos, a canadense Rebecca Luna enfrentou um diagnóstico que mudou sua vida de cabeça para baixo. Acostumada a lidar com o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) há mais de uma década, ela acreditava que os lapsos de memória eram apenas um reflexo do estresse do dia a dia. No entanto, os esquecimentos se tornaram mais frequentes e preocupantes — e o que parecia ser apenas uma consequência do cansaço revelou-se algo muito mais sério: Alzheimer de início precoce.

Tudo começou com situações aparentemente banais, como esquecer onde deixou a chave do carro — que, na verdade, estava na ignição, com o motor ligado. Em outro episódio, saiu de casa e deixou uma panela no fogo, correndo risco de provocar um incêndio. Com o tempo, vieram esquecimentos mais impactantes, como não reconhecer o nome de mães conhecidas da escola da filha e se confundir com tarefas simples no computador, ferramenta essencial para seu trabalho como influenciadora.

Foi então que Rebecca resolveu buscar respostas. Após reprovar em três testes cognitivos feitos com seu psiquiatra, ela foi encaminhada para exames neurológicos. Os resultados apontaram sinais claros de atrofia no lobo temporal medial — uma região do cérebro afetada nos casos de Alzheimer. A notícia foi dada logo após a ressonância: Alzheimer precoce, uma forma rara da doença que atinge cerca de 5% dos casos e costuma se manifestar antes dos 60 anos.

O que é o Alzheimer?

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que compromete gradualmente a memória, a linguagem, o raciocínio e outras funções cognitivas. Embora a idade avançada seja o principal fator de risco, a forma precoce da doença pode atingir pessoas mais jovens e, por isso, é frequentemente confundida com outras condições, como depressão, burnout ou distúrbios hormonais.

“O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o melhor acompanhamento possível”, afirma o neurologista Edson Issamu Yokoo, da rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo. Ele ressalta que os primeiros sinais costumam envolver esquecimentos recorrentes, confusão com rotinas simples, mudanças de comportamento e dificuldades para se orientar no tempo e no espaço.

Da surpresa ao ativismo nas redes

Rebecca conta que o impacto do diagnóstico foi devastador. Mãe solo, ela precisou reorganizar completamente a rotina e passou a dividir sua jornada com a doença nas redes sociais. O vídeo em que compartilha a descoberta do Alzheimer viralizou no TikTok e ultrapassou 2 milhões de visualizações em poucas semanas.

“Foi uma forma de buscar apoio e encontrar outras pessoas passando pela mesma situação”, disse. A resposta foi imediata: mensagens de empatia, dicas práticas e relatos semelhantes começaram a chegar de todos os cantos. Esse contato se tornou um novo pilar para a influenciadora, que agora atualiza seus seguidores com frequência sobre o tratamento e os desafios do dia a dia.

Uma nova perspectiva de vida

Desde que recebeu o diagnóstico, Rebecca tem buscado aproveitar ao máximo o tempo com as filhas. Em sua página de arrecadação no GoFundMe, onde pede ajuda para cobrir os custos do tratamento e garantir o futuro das meninas, ela fala abertamente sobre o prognóstico: “Tenho, em média, mais oito anos de vida. Então estou fazendo tudo que posso para viver esses anos com plenitude”.

Apesar das dificuldades, ela afirma que encontrou propósito na exposição pública da sua condição. “Enquanto eu puder, vou continuar compartilhando. Quero ajudar a desmistificar o Alzheimer precoce e mostrar que ele pode, sim, acontecer em pessoas mais jovens”.

Fonte: Metrópoles

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