Uma dor persistente no estômago e a sensação constante de azia mudaram para sempre a vida da britânica Georgia Gardiner, de apenas 28 anos. Após procurar ajuda médica várias vezes e ouvir que os sintomas eram apenas refluxo ou má digestão, Georgia foi surpreendida por um diagnóstico devastador: linite plástica, uma forma rara e agressiva de câncer gástrico.
O diagnóstico veio em junho deste ano, quando a doença já havia avançado para o estágio 4 — o mais grave, sem possibilidade de cura ou tratamento cirúrgico. O câncer já havia se espalhado para outros tecidos e gânglios linfáticos da região torácica. Os médicos estimam que Georgia possa ter cerca de um ano de vida.
“Meu corpo estava rejeitando tudo. Era uma dor aguda e contínua”, relatou a jovem em entrevista ao Daily Mail.
Antes da doença, Georgia mantinha uma rotina ativa e saudável. Ela conta que era apaixonada por comida, mas, com os sintomas persistentes — como náuseas, perda de apetite e desconforto abdominal —, começou a perder peso rapidamente e viu sua qualidade de vida despencar.
Apesar de ter buscado atendimento pelo menos seis vezes, não foi encaminhada para exames como a endoscopia logo nas primeiras consultas. Somente após insistir e piorar, o exame foi feito — revelando o câncer.
Sintomas do câncer de estômago: atenção aos sinais
O câncer de estômago é silencioso e muitas vezes confundido com doenças comuns do sistema digestivo, como gastrite ou refluxo. Alguns dos principais sintomas incluem:
- Dor persistente na parte superior do abdome
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite e emagrecimento sem causa aparente
- Sensação de estômago cheio, mesmo com pouca comida
- Fezes escuras ou com odor forte (indicação de sangue digerido)
- Fadiga constante
Esses sinais podem ser sutis, mas se durarem mais de duas semanas, é fundamental procurar um médico e insistir em exames mais aprofundados.
Alerta para jovens e falta de histórico familiar
Embora o câncer gástrico seja mais comum em pessoas com mais de 75 anos, casos como o de Georgia mostram que a doença também pode atingir pessoas jovens e sem histórico familiar, como é o caso dela.
Hoje, ela utiliza suas redes sociais para alertar outras pessoas sobre os perigos de ignorar sintomas persistentes e sobre a importância da investigação precoce. Georgia também dedica seu tempo à família, enquanto enfrenta a realidade de um câncer sem cura.
“Se meus sintomas tivessem sido investigados com mais seriedade desde o começo, talvez houvesse chance de tratamento”, lamenta.
Segundo o Cancer Research UK, cerca de 6.500 britânicos são diagnosticados com câncer de estômago todos os anos. Nos Estados Unidos, são aproximadamente 30 mil casos anuais. Se diagnosticado precocemente, 65% dos pacientes podem viver mais de 10 anos.
Fonte: Metrópoles