Labirintite: o que é, como identificar e tratar a condição que afetou o presidente Lula

Reprodução: Foto/Hospital Paulista

Após apresentar sintomas no início da semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com labirintite. O quadro chamou atenção para uma condição que, embora comum, ainda gera muitas dúvidas: afinal, o que é exatamente a labirintite e como ela se manifesta?

O principal sintoma relatado por Lula foi a vertigem — uma sensação de que o ambiente está girando ou que o próprio corpo está em movimento, mesmo quando parado. Embora, no dia a dia, os termos “tontura” e “vertigem” sejam usados como sinônimos, na medicina essa distinção é fundamental para o diagnóstico correto.

O que é labirintite?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, o termo “labirintite” é frequentemente usado de forma genérica e, muitas vezes, incorreta. Isso porque existem diversas doenças que afetam o labirinto — estrutura localizada no ouvido interno, responsável tanto pelo equilíbrio quanto pela audição. O mais comum desses distúrbios é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), causada pelo deslocamento de pequenos cristais dentro do labirinto, que passam a interferir na percepção de movimento.

A entidade destaca ainda que a tontura pode ter origens variadas, incluindo causas neurológicas, cardíacas, vasculares e até emocionais — o que reforça a importância de uma avaliação médica precisa.

Sintomas e sinais de alerta

Embora algumas pessoas associem desmaios a problemas do labirinto, essa relação é rara. Na maioria dos casos, desmaios estão mais ligados a distúrbios cardiovasculares ou neurológicos. Por outro lado, sintomas como zumbido, perda auditiva e desequilíbrio são frequentemente associados às doenças do labirinto, já que essa estrutura também abriga a cóclea — parte do ouvido responsável pela audição.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico depende, em grande parte, de uma escuta atenta ao relato do paciente. Exames clínicos e testes complementares, como audiometrias, exames vestibulares e, em alguns casos, ressonância magnética, podem ser indicados para confirmar a causa da tontura.

Tem cura?

Sim. A maioria das doenças do labirinto tem tratamento, e muitas são totalmente reversíveis. O tipo de abordagem, porém, vai depender da causa exata. O uso de medicamentos, a realização de manobras físicas para reposicionar os cristais (em casos de VPPB) e mudanças no estilo de vida fazem parte das estratégias.

Vale lembrar que alguns remédios podem causar tontura como efeito colateral — ou até mesmo afetar diretamente o funcionamento do labirinto —, o que reforça a importância de não se automedicar.

Cuidados e recomendações

As orientações para quem sofre de doenças do labirinto devem ser personalizadas, já que cada caso pode exigir cuidados específicos. No entanto, a prática de exercícios físicos regulares, de maneira geral, ajuda na recuperação do equilíbrio e melhora a qualidade de vida.

Sobre a alimentação, não há uma recomendação única. Em alguns casos, a dieta influencia diretamente nos sintomas — como em situações ligadas à síndrome de Ménière —, enquanto em outros, a alimentação não tem impacto significativo. Por isso, mais uma vez, o diagnóstico correto é fundamental.

Fonte: Agência Brasil

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