Medicamentos e álcool: atenção aos riscos da mistura, alerta farmacêutica

Foto:Pexels/Pixabay

Durante o Carnaval, muitas pessoas costumam se divertir e relaxar, mas a mistura de medicamentos com bebidas alcoólicas pode trazer sérios riscos à saúde, especialmente devido às interações imprevisíveis entre essas substâncias. Samilla, farmacêutica especialista, alerta para os perigos dessa combinação e os efeitos adversos que podem ocorrer.

De acordo com a especialista, a mistura de álcool com medicamentos pode provocar desde tonturas e perda de coordenação motora até hemorragias gastrointestinais. O álcool tem o poder de alterar os efeitos dos medicamentos, potencializando ou diminuindo sua eficácia e, em muitos casos, aumentando o risco de efeitos colaterais. “O uso combinado pode resultar em sonolência excessiva, náuseas e tontura, além de comprometer o tratamento e até causar overdose, especialmente quando afeta o sistema nervoso central”, explica Samilla.

Medicamentos comuns também oferecem riscos

Embora muitas pessoas acreditem que o risco de interações seja maior com medicamentos controlados, os remédios de venda livre, usados frequentemente na automedicação, também apresentam riscos significativos quando misturados com álcool. Samilla alerta que até analgésicos, anti-inflamatórios e antialérgicos, consumidos sem prescrição, podem agravar o quadro clínico do usuário.

Um exemplo disso é o paracetamol, amplamente utilizado para aliviar dores de cabeça. Quando combinado com álcool, ele pode sobrecarregar o fígado, aumentando o risco de danos hepáticos, incluindo hepatite medicamentosa. “Outro exemplo é o ibuprofeno, que já pode causar irritação gastrointestinal por si só, e, quando misturado com álcool, esse efeito pode ser intensificado”, alerta a farmacêutica.

Remédios para ressaca: um risco adicional

Muitas pessoas recorrem a medicamentos para aliviar os sintomas da ressaca ou prevenir enjoos, mas essa prática pode ser arriscada. Samilla explica que, ao tomar medicamentos antes de beber, a pessoa pode criar uma falsa sensação de controle sobre os efeitos do álcool. “O consumo de medicamentos não resolve a causa principal da ressaca, que é o efeito tóxico do álcool no corpo. Além disso, isso pode incentivar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, levando a consequências ainda mais graves”, afirma.

Além disso, a combinação de álcool com analgésicos e outros medicamentos metabolizados pelo fígado pode sobrecarregar esse órgão, aumentando o risco de toxicidade hepática. Para minimizar esses efeitos, a especialista recomenda uma boa hidratação, já que o álcool possui um efeito diurético, causando desidratação no corpo. “Beber água entre os copos de bebida alcoólica ajuda a reduzir os impactos da ressaca e a manter o corpo mais equilibrado”, orienta.

Dicas para quem toma medicamentos e vai beber

Quem está em tratamento médico e deseja aproveitar as festividades do Carnaval pode adotar alguns cuidados importantes. Samilla recomenda o consumo moderado de álcool, aliado a uma hidratação contínua e a ingestão de alimentos durante o período. “Estabeleça seus limites e dê tempo ao corpo para metabolizar o álcool”, sugere.

A farmacêutica também destaca a importância de consultar um médico para esclarecer dúvidas sobre a interação de medicamentos com o álcool e obter orientações específicas. “Cada caso é único, e é essencial ter a orientação adequada para evitar complicações. Vamos aproveitar o Carnaval com responsabilidade e atenção à saúde”, finaliza Samilla.

Com essas precauções, é possível curtir as festas com mais segurança e bem-estar.

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