O governo de Minas Gerais, liderado pelo governador Romeu Zema, decretou nesta terça-feira (27/05) estado de emergência zoossanitária em todo o território estadual devido à detecção e ameaça da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), popularmente conhecida como gripe aviária. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, terá validade inicial de 90 dias.
A decisão foi motivada pela investigação de um caso suspeito da doença em aves na cidade de Mateus Leme, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Este foco está sob apuração do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e foi identificado na segunda-feira (26). Autoridades sanitárias lembram que este não é o primeiro registro da doença no estado, que já teve um caso notificado em 2023.
O decreto de emergência permite ao governo estadual adotar, de forma mais ágil, medidas para a erradicação de focos da doença, incluindo a alocação de recursos e a implementação de planos de contingência para evitar a disseminação do vírus. O objetivo principal é proteger a avicultura do estado e a saúde pública, embora a transmissão da gripe aviária para humanos seja considerada de baixo risco.
Apesar da preocupação gerada pelo decreto, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia que, no momento, não deverá haver impacto no comércio de carne de frango e ovos provenientes de Minas Gerais, uma vez que os casos suspeitos e confirmados até agora no Brasil (incluindo o de Mateus Leme) não atingiram granjas comerciais de grande escala que integram a cadeia de exportação.
As autoridades de saúde reforçam a orientação à população para que não toquem em aves mortas ou que apresentem sinais da doença. Nesses casos, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou a vigilância sanitária local devem ser acionados imediatamente para que os animais sejam recolhidos de forma segura e os exames necessários sejam processados. A colaboração da comunidade é essencial para o controle da situação.
