Na última quarta-feira (12/03), o Ministério da Saúde reuniu um grupo de especialistas para debater e aprimorar as estratégias de controle da dengue no Brasil. Durante o encontro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância da ciência na formulação de medidas eficazes contra a doença. “Não se enfrenta uma epidemia como a dengue sem embasamento científico. Nosso compromisso é atuar em parceria com estados, municípios e a sociedade para reduzir casos graves e evitar óbitos”, ressaltou.
A reunião teve como foco principal a tomada de decisões baseadas em evidências científicas e a definição de diretrizes para uma resposta coordenada em âmbito nacional. Uma das principais preocupações dos especialistas foi a uniformização do protocolo clínico para o tratamento da dengue, garantindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso a informações atualizadas e padronizadas.
Estratégias e desafios
Entre os principais pontos abordados, destacou-se a necessidade de divulgação ampla das diretrizes clínicas para a rede de saúde, abrangendo desde a atenção primária até os serviços de urgência e emergência. “Já enfrentamos epidemias no passado em que havia divergências entre governos e especialistas sobre a melhor conduta clínica. Agora, o consenso é fundamental para garantir um atendimento mais eficiente e seguro para a população”, explicou Padilha.
Outro ponto crucial discutido foi a mobilização da sociedade no combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da doença. Dados apontam que a maioria dos criadouros do vetor está dentro das residências e ambientes urbanos, o que reforça a importância da participação ativa da população na eliminação de focos de proliferação.
Alerta permanente
O ministro Padilha enfatizou que o enfrentamento da dengue requer atenção contínua e não pode ser tratado apenas como uma ação emergencial. “Precisamos manter um estado permanente de alerta. A única forma eficaz de conter a doença é com a participação ativa de todos: governos, profissionais de saúde e a população”, afirmou.
Entre as principais recomendações está a inspeção regular de residências e locais de trabalho para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Medidas simples, como evitar o acúmulo de água parada e manter recipientes bem vedados, podem fazer toda a diferença na prevenção da doença.
Com o fortalecimento das ações de combate e o compromisso conjunto entre governo e sociedade, a expectativa é reduzir significativamente os impactos da dengue no país e salvar vidas.