Entre janeiro e o dia 11 de junho deste ano, as mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causada pelo vírus influenza registraram um salto preocupante na cidade de São Paulo. O número de óbitos subiu 127% em relação ao mesmo período de 2024: foram 175 mortes em 2025, contra 77 no ano passado. Os dados são da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
De acordo com o levantamento, a capital contabilizou 1.754 casos de SRAG por influenza neste ano, enquanto em 2024 o total havia sido de 983 registros no período. Apesar do avanço da doença, a cobertura vacinal contra a gripe permanece baixa. A imunização alcançou apenas 40,73% do público prioritário — que inclui idosos, gestantes e crianças de 6 meses a menores de 6 anos —, muito aquém da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. No total, foram aplicadas até o momento 2.231.704 doses na cidade.
Para tentar reverter o cenário, a Secretaria Municipal da Saúde expandiu os pontos de vacinação. Desde esta semana, além das unidades básicas, a vacina também está disponível em estações de trem, metrô e terminais de ônibus da capital, em uma ação que segue até 27 de junho.
Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina contra a gripe usada em 2025 contém as cepas A/Victoria (H1N1), A/Croácia (H3N2) e B/Áustria (linhagem Victoria), as mais comuns no Hemisfério Sul neste período. Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante é seguro e pode reduzir entre 60% e 70% dos casos graves e mortes provocadas pela doença.
A gripe, causada pelo vírus influenza, é uma infecção aguda do sistema respiratório de alta transmissibilidade. Seus principais sintomas incluem febre, tosse, dor de garganta, dores no corpo e na cabeça. Grupos como crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas correm maior risco de complicações. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção.
Fonte: Agência Brasil