Muito além da dor no peito:  sinais de que o coração pode estar em perigo

Reprodução: geralt/pixabay

As doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de morte no Brasil, sendo responsáveis por cerca de 400 mil óbitos por ano, principalmente devido ao infarto e ao AVC (acidente vascular cerebral). Apesar do impacto alarmante, a maioria dessas doenças se desenvolve de forma silenciosa e progressiva — o que dificulta o diagnóstico precoce.

Nem sempre o coração dá sinais óbvios de que está em sofrimento. E é aí que mora o perigo: sintomas importantes são frequentemente ignorados ou atribuídos a outras causas, o que abre espaço para complicações sérias.

Atenção aos sinais silenciosos

A clássica dor no peito continua sendo um sinal importante de alerta. No entanto, o corpo pode emitir outros sintomas que também indicam que o sistema cardiovascular não está funcionando como deveria. Veja oito sinais que merecem atenção:

  • Dores em outras partes do corpo: braços, pescoço, mandíbula, costas ou estômago;
  • Falta de ar inexplicável, mesmo em repouso;
  • Náusea e vômito, sem causa digestiva aparente;
  • Tontura ou sensação de desmaio iminente;
  • Suor frio, especialmente à noite;
  • Fadiga extrema, mesmo após pequenos esforços;
  • Inchaço nas pernas e tornozelos;
  • Dificuldade para dormir ou sono não reparador.

Esses sinais podem indicar desde arritmias até insuficiência cardíaca e, em casos mais graves, a presença de doenças como a aterosclerose e a hipertensão descontrolada. Se um ou mais desses sintomas aparecerem de forma aguda, é essencial buscar ajuda médica imediata ou acionar o SAMU pelo número 192.

Quando os sintomas aparecem fora do peito

Apesar da angina — sensação de pressão ou dor no peito — ser o sintoma mais associado ao coração, ela pode se manifestar de formas diferentes. Em muitos casos de infarto, por exemplo, a dor pode aparecer apenas nas costas, no abdômen superior, ou até na mandíbula. Por isso, qualquer desconforto persistente e sem explicação clara deve ser investigado.

Além disso, problemas de circulação e oxigenação podem gerar cansaço constante, tontura e até alterações no sono. Suores noturnos e dificuldade respiratória durante a noite também podem estar relacionados a distúrbios cardíacos, como apneia do sono.

O inchaço nos membros inferiores pode ser consequência de acúmulo de líquidos, comum em casos de insuficiência cardíaca ou problemas vasculares. Cãibras frequentes também podem estar ligadas à má circulação, especialmente na presença de doença arterial periférica.

Diagnóstico rápido é chave para a recuperação

Ao menor sinal de anormalidade, o ideal é procurar um cardiologista. Exames simples, como o eletrocardiograma (ECG), já ajudam a detectar irregularidades na atividade elétrica do coração. Em casos mais sutis, o Holter 24 horas pode identificar oscilações no ritmo cardíaco ao longo do dia, fornecendo dados importantes para um diagnóstico mais preciso.

“Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de reversão do quadro sem sequelas”, alerta um especialista.

Doenças mais comuns do coração

Entre as principais condições que afetam o sistema cardiovascular estão:

  • Infarto e AVC — causados por obstruções no fluxo sanguíneo;
  • Aterosclerose — acúmulo de placas de gordura nas artérias, que pode levar a complicações como angina e insuficiência cardíaca;
  • Doença arterial periférica — afeta artérias das pernas e pode causar dor, cãibras e perda de força;
  • Doença aórtica — alterações na parede da aorta, como aneurismas e dissecções;
  • Arritmias — irregularidades no ritmo do coração, incluindo a fibrilação atrial;
  • Hipertensão arterial — pressão alta constante, conhecida como o “assassino silencioso”.

A hipertensão como vilã invisível

A pressão alta é um dos fatores de risco mais perigosos, porque pode passar anos sem apresentar sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, 388 brasileiros morrem todos os dias devido a complicações causadas pela hipertensão. Estima-se que 1 em cada 4 brasileiros tenha a condição.

“A hipertensão força o coração a trabalhar mais do que o normal, o que compromete sua estrutura e função ao longo do tempo”, afirma uma especialista. Tabagismo, sobrepeso, sedentarismo e estresse são alguns dos fatores que contribuem para o agravamento do problema.

Como prevenir as doenças do coração

Felizmente, a prevenção cardiovascular está ao alcance de todos. Pequenas mudanças de hábito podem fazer uma enorme diferença:

  • Reduzir o consumo de sal;
  • Manter uma alimentação equilibrada;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Evitar o cigarro e o excesso de álcool;
  • Controlar o peso e monitorar a pressão arterial.

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