Mulher convive com aneurismas cerebrais que podem rompê-los a qualquer momento

Reprodução: Foto/Metrópoles

Em abril de 2024, um exame revelou que Amber Ford, de 31 anos, convive com três aneurismas cerebrais, que podem se romper a qualquer momento, colocando sua vida em risco. A localização dos aneurismas é delicada, e a cirurgia para removê-los é considerada extremamente arriscada.

Amber, que antes da doença se considerava saudável, começou a apresentar sintomas incomuns em 2018. Inicialmente diagnosticada com caxumba e paralisia de Bell, que afeta os músculos do rosto, ela passou a enfrentar dificuldades que mudaram sua vida. “Acordei com o rosto completamente torcido, e desde então minha vida nunca mais foi a mesma. Hoje, mal saio de casa, pois começo a ter ataques de pânico”, relata a escocesa em entrevista.

O que é um aneurisma cerebral?

O aneurisma é uma dilatação nas paredes das artérias, muitas vezes comparada a um balão. Embora possa ocorrer em qualquer artéria do corpo, é mais comum na aorta, artéria principal que transporta sangue do coração para o restante do organismo. O maior risco está no rompimento do aneurisma, que, com o aumento da pressão sanguínea, pode resultar em um AVC hemorrágico, conhecido como hemorragia subaracnoide.

Sintomas graves e diagnóstico tardio

Em 2020, Amber começou a relatar sintomas como fadiga extrema, fortes dores de cabeça, distúrbios na visão e episódios em que acordava sufocada pelo próprio vômito. “Eu desmaiava no trabalho, com dores tão fortes que não conseguia levantar a cabeça. A luz no quarto me deixava insuportável. Durante o sono, acordava engasgada, sem conseguir respirar”, lembra ela.

Apesar de seus sintomas, Amber sentia que os médicos não levavam suas queixas a sério. “Eu sabia que algo estava errado comigo, mas me diziam que eram problemas causados por mim mesma ou que eu precisava de tratamento psiquiátrico”, desabafa.

Foi somente em dezembro de 2023, após conseguir uma tomografia computadorizada, que os médicos descobriram uma “sombra” em seu cérebro, levando à confirmação de três aneurismas em abril de 2024.

O dilema de Amber: operar ou conviver com o risco

Agora, Amber enfrenta uma decisão angustiante: fazer a cirurgia para bloquear o fluxo sanguíneo nos aneurismas com uma bobina de metal ou conviver com o risco constante de rompimento. A operação envolve sérios riscos, como hemorragias, derrames ou até morte. Por outro lado, optar por não fazer nada significa viver com o medo diário de que o aneurisma se rompa a qualquer momento. “Vivo com ansiedade, imaginando se eles vão romper hoje. Se eu sobreviver, posso nunca mais andar, enxergar ou falar. Sinto que estou presa nessa situação”, diz Amber.

Os neurocirurgiões também sugeriram um procedimento alternativo chamado fenestração, mas devido à localização delicada dos aneurismas, a cirurgia continua sendo arriscada.

Fator genético e busca por ajuda

Amber acredita que sua condição possa ter uma origem genética, já que sua avó faleceu aos 56 anos devido a um aneurisma cerebral. Para entender melhor seu quadro, ela precisaria de uma angiografia, um exame complexo, mas que também apresenta riscos de derrame.

Diante das incertezas, Amber procurou um médico especializado nos Estados Unidos, mas não tem condições financeiras de arcar com os custos. Ela recorre à internet para tentar levantar dinheiro para a viagem e os exames. “Eu só quero minha vida de volta. Quero ter uma família e aproveitar a vida”, conclui.

Esse relato traz uma perspectiva angustiante, mas também destaca a necessidade de mais pesquisas e cuidados médicos para pessoas que enfrentam condições complexas como a de Amber.

Reprodução: Foto/Metrópoles

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