Uma sessão de crioterapia terminou em tragédia na noite desta segunda-feira (14/04) em Paris. Uma mulher de 29 anos, funcionária de uma academia localizada no 11º distrito da capital francesa, morreu após um possível vazamento de nitrogênio líquido na câmara criogênica. Outra mulher, de 34 anos, cliente da unidade, foi internada em estado crítico.
De acordo com a promotoria de Paris, a principal suspeita é que as duas tenham sido intoxicadas por exposição ao nitrogênio, substância usada para gerar temperaturas extremamente baixas no procedimento. As autoridades solicitaram a realização de uma autópsia e exames toxicológicos para esclarecer as causas exatas da morte.
A mulher hospitalizada foi socorrida após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Ela havia acabado de participar da Maratona de Paris no domingo (13/04) e buscava na crioterapia uma forma de acelerar a recuperação muscular. Encontrada desacordada, foi levada ao Hospital Lariboisière, onde permanece em coma induzido.
Riscos da crioterapia
A crioterapia tem ganhado popularidade como alternativa terapêutica para atletas e praticantes de atividades físicas. O tratamento consiste na exposição do corpo a temperaturas que podem ultrapassar os -100 °C, geralmente em câmaras preenchidas com nitrogênio líquido, por períodos curtos.
Embora os benefícios incluam alívio de dores musculares, inflamações e lesões, o procedimento exige cuidados rigorosos e supervisão especializada, devido aos riscos associados à manipulação de substâncias criogênicas.