Uma decisão recente no Paris Saint-Germain chamou atenção do público: o novo nutricionista do clube proibiu o consumo de refrigerantes e chás gelados durante as refeições dos jogadores. A medida pode até parecer radical, mas tem justificativa — e segundo especialistas, faz sentido quando o foco é a performance.
De acordo com uma nutricionista e educadora física, o objetivo principal dessa restrição é melhorar o rendimento dos atletas em campo. Ela explica que o consumo de bebidas com alto teor de açúcar pode afetar negativamente a energia e disposição dos jogadores. “Dependendo da quantidade e do momento em que são ingeridas, essas bebidas podem causar cansaço e comprometer o desempenho”, afirma.
Além disso, o corte dessas bebidas costuma fazer parte de um plano alimentar mais equilibrado e nutritivo. Refrigerantes e chás industrializados são pobres em nutrientes essenciais e, se consumidos com frequência, podem causar prejuízos à saúde ao longo do tempo. Um estudo do CSPI (Center for Science in the Public Interest), dos Estados Unidos, apontou que a Coca-Cola vendida no Brasil apresenta altos níveis de 4-metil-imidazol (4-MI), um subproduto possivelmente cancerígeno presente no corante caramelo IV.
No entanto, a nutricionista ressalta que o corte dessas bebidas deve ser avaliado com cuidado. “Há um lado psicológico a ser considerado. Para alguns, o consumo desses produtos pode trazer uma sensação de prazer ou conforto”, destaca. Por isso, ela reforça a importância de um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo também profissionais da saúde mental. A restrição de refrigerantes não é novidade no esporte de alto rendimento — alimentos ultraprocessados, fast-foods e embutidos também costumam ser retirados da rotina dos atletas, sempre com foco em saúde e desempenho.
