Amanda Scanlon, 39 anos, moradora da Irlanda do Norte, tinha um filho perfeitamente saudável. Jed, durante seus primeiros seis meses de vida, se desenvolvia normalmente, até que uma doença súbita e devastadora mudou o destino da família para sempre. Hoje, ela usa as redes sociais para contar sua história e fazer um apelo.
“Jed nasceu muito saudável. Ele foi diagnosticado com encefalite viral, um inchaço cerebral potencialmente fatal, depois que o vírus do herpes labial entrou em seu fluido espinhal e atingiu o cérebro”, relata a mãe.
A causa de tudo foi o vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), o mesmo que causa feridas na boca em milhões de adultos e que, para um bebê com sistema imunológico frágil, pode ser fatal. O mais alarmante, segundo Amanda, é não saber como o contágio aconteceu, já que nem ela nem o marido possuem histórico da infecção.
A semana que tudo mudou
Em seus relatos, Amanda reconstrói a semana de pesadelo. Tudo começou com uma febre alta no domingo, que ela inicialmente associou ao nascimento dos primeiros dentes do filho. Com a piora do quadro, o bebê foi levado ao hospital, de onde voltou com diagnóstico de infecção de ouvido e garganta.
A situação, no entanto, se agravou drasticamente. “Dias depois ele acordou com a pele acinzentada, febre alta e não parava de vomitar”, conta. No hospital, os primeiros exames não foram conclusivos. Na quinta-feira, o ponto de virada: Jed sofreu três convulsões graves. Uma punção lombar finalmente revelou a causa: encefalite viral provocada pelo vírus da herpes.
“Quarenta e oito horas depois, recebemos os resultados e nosso lindo menino nunca mais foi o mesmo”, desabafa Amanda.
As consequências e o alerta
Hoje, aos 3 anos, Jed convive com sequelas permanentes. Ele sofre de epilepsia, com crises convulsivas todas as noites, possui atrasos no desenvolvimento cognitivo e ainda não fala.
A infecção por herpes (HSV-1) é comum e geralmente inofensiva para a maioria das pessoas. No entanto, em bebês e pessoas com imunidade baixa, o vírus pode levar a complicações raras e gravíssimas, como a encefalite (infecção do cérebro), conforme alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A dor da família se transformou em uma missão. Amanda busca conscientizar outros pais sobre o perigo real que o vírus representa para os pequenos. “Estamos absolutamente devastados. Eu sabia que o vírus da herpes era perigoso, mas não imaginava que pudesse causar danos cerebrais em uma criança”, disse ela ao jornal The Sun.