“Parecia que estava grávida”: mulher descobre câncer em estágio terminal após dois anos sem diagnóstico

Reprodução: Foto/Metrópoles

A britânica Julie Butler, de 55 anos, recebeu um diagnóstico devastador após anos tentando entender o que acontecia com seu corpo. Ela descobriu que está com câncer de intestino em estágio 4 — já espalhado para outros órgãos — e que pode ter apenas alguns meses de vida.

Julie começou a sentir os primeiros sinais de que algo não ia bem no início de 2020. As dores intestinais, a dificuldade de locomoção e o aumento expressivo de peso chamavam atenção. Sem qualquer mudança na alimentação ou nos hábitos de vida, ela chegou a ganhar 115 kg e relata que se sentia constantemente inchada. “Parecia que eu estava grávida de nove meses, mas ninguém sabia dizer o porquê”, contou.

Na época, médicos atribuíram os sintomas a miomas — tumores benignos no útero — e indicaram uma histerectomia. A cirurgia, no entanto, só foi realizada dois anos depois, por conta das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Mesmo após a operação, o inchaço abdominal persistia.

Foi apenas em um exame de acompanhamento, feito após a histerectomia, que surgiu a suspeita de um bloqueio intestinal. Uma nova cirurgia foi necessária, e durante o procedimento os médicos encontraram dois tumores no intestino. A biópsia confirmou: era câncer.

Apesar de os médicos acreditarem que haviam removido todos os focos do tumor e recomendarem quimioterapia, Julie adiou o início do tratamento por conta do estado físico fragilizado após as cirurgias.

Câncer voltou e se espalhou

Em abril de 2023, os sintomas retornaram. Exames mais detalhados — como ressonância magnética, tomografia e PET scan — revelaram que o câncer havia se espalhado para o fígado, pulmões e baço. O diagnóstico: estágio 4, com expectativa de vida reduzida a cerca de três meses, segundo os profissionais de saúde que a acompanham.

Julie compartilhou sua maior preocupação ao receber a notícia. “Fiquei com medo de não ver minha neta usando o primeiro uniforme da escola. Só queria poder acompanhar seu crescimento”, desabafou.

Desde então, ela passou por três diferentes ciclos de quimioterapia, sem sucesso. Embora os médicos tenham sugerido uma quarta tentativa, Julie e o marido avaliam os riscos: o fígado já está comprometido, e há receio de que o tratamento possa causar uma insuficiência hepática.

Tratamento alternativo na Alemanha

Uma nova esperança surgiu com a possibilidade de fazer um tratamento chamado quimioembolização transarterial (TACE), na Alemanha. Esse procedimento é considerado minimamente invasivo e visa interromper o fluxo sanguíneo que alimenta os tumores, além de direcionar a quimioterapia diretamente para eles.

Apesar de o tratamento também existir no Reino Unido, ele só é oferecido pelo sistema de saúde público para casos de câncer de fígado em estágios iniciais — o que não é o caso de Julie.

Fonte: Metrópoles

Compartilhar:

Facebook
X
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mostre a sua marca e aumente seus ganhos

O seu anúncio aqui (365 x 270 px)
Últimas Notícias
Assuntos

Inscreva-se na nossa newsletter

Fique sempre atualizado sobre os cuidados com a sua saúde.