O Piauí registrou uma redução de 12,4% no índice de desmatamento ilegal em 2024, reforçando seu papel na proteção da Mata Atlântica, especialmente nos remanescentes de floresta decidual e semi-decidual que ainda resistem no território piauiense.
A queda expressiva é resultado direto da atuação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que tem endurecido o controle ambiental e intensificado a fiscalização de áreas protegidas. Segundo a analista ambiental Aline Araújo, o uso de tecnologia tem sido essencial para o avanço das ações.
“Estamos usando tecnologia para monitorar em tempo real e identificar desmatamentos ilegais sem precisar sair da sede. Isso tem nos ajudado a agir com mais rapidez e eficiência”, explica.
Reflorestamento e educação ambiental
Além do monitoramento, o estado também tem ampliado as iniciativas de reflorestamento e educação ambiental, priorizando a restauração de áreas degradadas e a conscientização da população sobre a importância da preservação da Mata Atlântica.
“Nossa missão é clara: proteger os recursos naturais, garantir equilíbrio ambiental e cuidar do futuro das próximas gerações”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Feliphe Araújo.
A secretaria também tem indeferido pedidos de supressão vegetal em áreas sensíveis, aplicado multas e exigido medidas de recuperação ambiental em casos de irregularidades.
Destaque nacional
Com esses resultados, o Piauí passa a ser referência no país pelo uso estratégico de dados e tecnologia no combate ao desmatamento, mostrando que é possível aliar desenvolvimento sustentável, fiscalização eficiente e compromisso político com o meio ambiente.
A atuação também destaca a responsabilidade do estado, que abriga uma das maiores áreas remanescentes de Mata Atlântica dentro da poligonal definida pela legislação federal que protege o bioma.