Mais 407 médicos começam a atuar em 180 municípios e 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) a partir desta semana, por meio do Programa Mais Médicos. Os profissionais, formados no exterior, concluíram o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) na última sexta-feira (11/04) e agora seguem para 22 estados brasileiros, onde irão fortalecer a atenção primária e reduzir o tempo de espera por atendimento nas regiões mais necessitadas.
Segundo o Ministério da Saúde, a chegada desses médicos deve contribuir diretamente para ampliar o acesso à saúde, melhorar o atendimento nas comunidades indígenas — como no território Yanomami — e evitar hospitalizações por doenças que podem ser tratadas na Atenção Primária.
Antes de irem a campo, os profissionais passaram por treinamento voltado para o enfrentamento de situações de urgência, emergência e doenças prevalentes nas regiões de atuação, como malária. Eles também estão aptos a utilizar o prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), ferramenta que garante mais agilidade e qualidade no atendimento ao integrar o histórico dos pacientes à rede de saúde.
Avanços e monitoramento
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, destaca que o Mais Médicos segue cumprindo seu papel fundamental no SUS. “O programa contribuiu para a redução da mortalidade infantil e melhorou o acesso à saúde nos lugares onde o atendimento médico era escasso. Atuar na atenção primária é cuidar das pessoas onde elas vivem, junto às suas famílias e comunidades”, afirmou.
O desempenho dos médicos é acompanhado de perto pelo Ministério da Saúde por meio do e-SUS APS, sistema que permite o monitoramento do trabalho dos profissionais e a qualidade da assistência prestada.
Quase 25 mil médicos em atuação
Desde a retomada e expansão do programa, o Mais Médicos já conta com cerca de 24,9 mil profissionais em atividade em mais de 4,2 mil municípios — o equivalente a 77% do território nacional. A meta é chegar a 28 mil médicos até o fim de 2025, ampliando ainda mais a cobertura da atenção primária.
Dos municípios atendidos atualmente, cerca de 1,7 mil possuem altos índices de vulnerabilidade social. Em dezembro de 2024, o programa atingiu um recorde histórico com 601 médicos atuando nos Distritos Sanitários Indígenas, número mais alto desde a criação da iniciativa.
