Queda da libido pode sinalizar problemas cardíacos, alertam especialistas

Reprodução: Niek Verlaan/pixabay

A perda do desejo sexual nem sempre está ligada apenas a questões emocionais ou hormonais. De acordo com um artigo publicado pelo Hcor (Hospital do Coração), referência nacional em saúde cardiovascular, a queda da libido pode ser um importante sinal de alerta para doenças cardíacas.

A conexão entre saúde sexual e cardiovascular é mais próxima do que muitos imaginam. Estudos mostram que a disfunção erétil (DE) pode surgir até cinco anos antes do aparecimento de problemas cardíacos, funcionando como um indicativo precoce de que há algo errado com a circulação sanguínea. Isso porque tanto a ereção quanto o bom funcionamento do coração dependem diretamente de um fluxo vascular adequado.

Medo, ansiedade e medicamentos também afetam o desejo

Além dos fatores fisiológicos, o lado psicológico também pesa. Homens que já têm diagnóstico de problemas cardíacos muitas vezes enfrentam medo de ter um infarto durante o sexo, o que pode provocar ansiedade e afetar o desempenho. O uso de certos medicamentos, como betabloqueadores e diuréticos, também pode interferir na libido e na função sexual, gerando insegurança e frustração.

Segundo os especialistas, essas dificuldades têm impacto direto na qualidade de vida dos pacientes. Por isso, a orientação é clara: médicos e pacientes devem conversar abertamente sobre essas questões, sem tabu, para que seja possível ajustar tratamentos e garantir mais segurança e conforto na vida íntima.

Atividade física: aliada do coração e da vida sexual

Manter uma rotina ativa é um dos caminhos mais eficazes para melhorar tanto a saúde do coração quanto a performance sexual. Exercícios aeróbicos, como caminhadas e pedaladas, ajudam a melhorar a circulação, reduzem fatores de risco cardiovascular e ainda contribuem para o aumento da libido.

Além disso, a prática regular de atividade física melhora o humor, reduz o estresse e aumenta a autoestima — aspectos que também refletem positivamente na vida sexual. Para pessoas com doenças cardíacas, a reabilitação cardíaca supervisionada pode ser uma ótima forma de retomar os exercícios com segurança.

Falar é parte do tratamento

Um dos pontos mais reforçados pelos especialistas é a importância da comunicação entre médico e paciente. A vergonha de falar sobre questões sexuais ainda é um obstáculo que precisa ser superado para que sintomas não sejam ignorados e problemas de saúde não avancem silenciosamente.

Criar um espaço de acolhimento e diálogo pode ser decisivo para detectar precocemente alterações vasculares que afetam tanto a vida íntima quanto o sistema cardiovascular. Com uma abordagem integrada e humanizada, é possível preservar a saúde do coração sem abrir mão de uma vida sexual saudável e satisfatória.

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