Uma das dúvidas mais frequentes nas farmácias e consultórios médicos diz respeito à eficácia dos medicamentos genéricos em comparação com os de marca (referência). Muitos consumidores, mesmo com a ampla oferta e os preços mais acessíveis dos genéricos, ainda se questionam se eles realmente possuem o mesmo efeito que o medicamento original. Um farmacêutico consultado recentemente esclareceu pontos importantes sobre essa questão, visando tranquilizar a população sobre a qualidade e a segurança desses produtos.
De acordo com o profissional, para que um medicamento genérico seja aprovado e comercializado no Brasil, ele precisa passar por rigorosos testes de bioequivalência e biodisponibilidade exigidos pela agência nacional de vigilância sanitária (anvisa). Esses testes asseguram que o genérico possui o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, e que é absorvido pelo organismo na mesma velocidade e quantidade que o medicamento de referência.
Isso significa que, em termos de qualidade, segurança e eficácia terapêutica, o medicamento genérico é intercambiável com o original. O fato de os genéricos serem mais baratos se deve, principalmente, a dois fatores: os fabricantes de genéricos não precisam investir em pesquisa e desenvolvimento do princípio ativo (que já foi feito pelo laboratório do medicamento de referência) e não há gastos com publicidade e marketing para promover uma marca já conhecida.
O farmacêutico também ressaltou que a embalagem dos genéricos é padronizada, contendo a inscrição “medicamento genérico” e o nome do princípio ativo em destaque, facilitando a identificação pelo consumidor e pelo profissional de saúde. A lei dos genéricos, implementada no Brasil há mais de duas décadas, tem sido fundamental para ampliar o acesso da população a tratamentos eficazes e mais acessíveis.
