Rio registra quarta morte por febre do Oropouche; SES intensifica ações de controle

Reprodução: Foto/Sociedade Brasileira de medicina tropical

O estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (04/06) a quarta morte causada pela febre do Oropouche. A vítima mais recente é uma mulher de 38 anos, residente em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), a paciente havia visitado um parque da cidade em maio e foi internada logo depois com sintomas da doença. O diagnóstico foi confirmado após análise laboratorial realizada pelo Lacen-RJ e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Além de Nilópolis, o estado já registrou óbitos pela doença em Cachoeiras de Macacu, Paraty e Macaé. Até o momento, as autoridades de saúde tratam os casos como ocorrências isoladas, sem indícios de novos quadros graves ou internações nas localidades afetadas.

Desde a notificação do primeiro caso suspeito, a comissão de investigação de óbitos da SES-RJ, com apoio técnico do Ministério da Saúde, vem conduzindo apurações detalhadas e revisando os protocolos de vigilância epidemiológica. Segundo a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, o estado vem investindo em treinamento e atualização das equipes municipais para conter o avanço da doença.

“Desde que o vírus foi identificado no Rio, no ano passado, intensificamos os esforços de vigilância e capacitação dos profissionais de saúde nos municípios”, afirmou.

Transmissão e sintomas

A febre do Oropouche é uma infecção viral transmitida principalmente pelo maruim (Culicoides paraensis), um pequeno inseto comum em áreas de vegetação densa, cachoeiras e plantações de banana. Os sintomas são semelhantes aos da dengue: febre alta, dores de cabeça e musculares, calafrios, náuseas e vômitos, com duração de até sete dias. O período de incubação varia de quatro a oito dias, e a maioria dos infectados se recupera sem complicações.

O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sergio Ribeiro, reforça a importância da prevenção:

“O maruim é muito pequeno e frequente em áreas silvestres. É essencial adotar medidas simples como o uso de roupas que cubram a pele, aplicação de óleos corporais, limpeza de terrenos e instalação de telas finas em portas e janelas.”

Avanço da doença no estado

De janeiro até esta quarta-feira (04/06), o estado do Rio já contabiliza 1.836 casos confirmados da febre do Oropouche. Os municípios com maior número de notificações são:

  • Cachoeiras de Macacu – 672 casos
  • Macaé – 517 casos
  • Angra dos Reis – 392 casos
  • Guapimirim – 172 casos

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