O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Teresina agora conta com uma nova ferramenta no enfrentamento às emergências obstétricas. As ambulâncias de suporte avançado da capital passaram a dispor de trajes antichoque não pneumáticos (TAN), uma tecnologia inovadora voltada para conter hemorragias em mulheres no período pós-parto.
Os kits foram enviados pelo Ministério da Saúde e fazem parte de uma estratégia nacional de combate à mortalidade materna. A iniciativa é gerida pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina.
De acordo com a enfermeira Isabel Moreira, coordenadora do Núcleo de Educação em Urgências (NEU) do SAMU, a eficácia do traje já foi comprovada em diversos países. “Em Teresina, promovemos capacitações para cerca de 100 profissionais, incluindo equipes das maternidades públicas e socorristas do SAMU. Todos estão aptos a utilizar o equipamento em situações de emergência”, afirma.
O TAN é confeccionado em neoprene e funciona como uma espécie de envoltório para o corpo da paciente, comprimindo áreas específicas do abdômen e membros inferiores. O objetivo é redirecionar o fluxo sanguíneo da região afetada — como o útero, por exemplo — para órgãos vitais, como o cérebro, o coração e os pulmões. Com isso, o traje ajuda a estabilizar a paciente durante o transporte até uma unidade de saúde, reduzindo o risco de complicações graves.
“Além de diminuir o sangramento, o TAN torna o transporte mais seguro e eficiente, o que pode ser decisivo para salvar vidas”, reforça Isabel.
A diretora geral do SAMU, Adélia Oliveira, destaca que, embora a tecnologia ainda não tenha sido utilizada em atendimentos desde sua incorporação, as equipes estão totalmente preparadas. “Os equipamentos estão disponíveis em todas as ambulâncias de suporte avançado e nossa prioridade é garantir um atendimento ágil e eficiente às puérperas. Estamos trabalhando constantemente para que o SAMU de Teresina esteja sempre na vanguarda do cuidado com a saúde materna.”