O Estado de São Paulo contabilizou 32 casos de febre amarela em 2025, resultando em 20 mortes desde janeiro, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O número de óbitos é o mais alto desde 2018, quando foram registrados 524 casos e 171 mortes. Para comparação, em todo o ano de 2024, houve apenas dois casos e um óbito.
Entre os casos deste ano, 28 foram autóctones, ou seja, contraídos no próprio município do paciente. Outros dois foram importados, com origem em Minas Gerais, e dois seguem em investigação. A maioria das infecções ocorreu na região de Campinas, incluindo cidades como Amparo, Bragança Paulista, Joanópolis, Piracaia e Valinhos, além de registros em Brotas, São Pedro e Caçapava.
No cenário nacional, o Ministério da Saúde já contabiliza 66 casos e 28 mortes pela doença desde julho do ano passado, período em que se inicia o monitoramento anual da febre amarela. Outros 199 casos suspeitos ainda estão sob investigação.
Como ocorre a transmissão?
A febre amarela pode ser transmitida em dois ciclos diferentes:
- Silvestre: ocorre em áreas de mata, onde macacos são hospedeiros naturais do vírus, e a transmissão se dá por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os humanos podem ser infectados ao frequentar essas áreas.
- Urbano: os seres humanos são os únicos hospedeiros, e a transmissão ocorre por meio do Aedes aegypti, o mesmo mosquito da dengue.
Importante destacar que os macacos não transmitem a febre amarela diretamente aos humanos. Eles servem como sentinelas da circulação do vírus, alertando as autoridades sobre surtos.
Sintomas e riscos
A febre amarela é uma doença grave, com taxa de mortalidade que pode chegar a 70% nos casos mais severos. Os sintomas incluem febre, dor no corpo e mal-estar. Em estágios mais avançados, o paciente pode apresentar sangramentos espontâneos, exigindo atendimento médico imediato.
Vacinação: principal forma de prevenção
A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a febre amarela e evitar complicações. O calendário nacional de imunização prevê:
✔ Uma dose aos 9 meses de idade
✔ Reforço aos 4 anos
✔ Dose única para pessoas não vacinadas acima de 5 anos
O imunizante é gratuito e está disponível nos postos de saúde de todo o país. Especialistas reforçam a necessidade de manter a vacinação em dia, principalmente para moradores e viajantes de regiões com circulação do vírus.