Tomar ibuprofeno antes do treino pode prejudicar seus músculos

Reprodução: Vnukko/pixabay

O uso de anti-inflamatórios por quem pratica atividades físicas regularmente pode trazer prejuízos à saúde, comprometendo a recuperação muscular e aumentando o risco de complicações.

A prática de exercícios físicos, especialmente para iniciantes ou para quem retoma os treinos após um período de inatividade, pode causar dores musculares intensas. Para aliviar o desconforto, algumas pessoas recorrem a medicamentos como o ibuprofeno, porém especialistas alertam que essa estratégia pode ser prejudicial.

“O ibuprofeno, assim como outros anti-inflamatórios não hormonais, deve ser evitado por quem pratica exercícios regularmente. Seu uso contínuo pode afetar a função renal e hepática”, explicam médicos.

Impactos negativos no organismo

Além do risco para os rins e o fígado, o cardiologista Raffael destaca que esses medicamentos também comprometem o sistema digestivo. “O ibuprofeno pode causar irritação gástrica, úlceras e, em casos mais graves, hemorragias gastrointestinais, principalmente em pessoas predispostas à gastrite”, alerta.

Outro fator preocupante é que o uso do medicamento antes ou depois dos treinos não oferece os benefícios esperados. “Tomá-lo para prevenir dor muscular não é recomendado pela medicina esportiva”, afirma o ortopedista Otaviano, especialista em trauma esportivo.

O consumo de anti-inflamatórios também interfere na adaptação e no ganho muscular. “Esses medicamentos reduzem a resposta inflamatória natural do organismo, essencial para a regeneração dos músculos, comprometendo a síntese proteica e retardando a recuperação”, explica.

Alternativas seguras para recuperação muscular

Diante dos riscos do uso indiscriminado de remédios, especialistas sugerem alternativas naturais para aliviar as dores musculares. “O descanso adequado, uma alimentação balanceada e a hidratação são fundamentais para o processo de recuperação”, destaca Raffael.

A nutrição também tem um papel essencial na regeneração muscular. “Proteínas de qualidade, ômega 3 e uma boa ingestão de líquidos ajudam na reparação dos tecidos e reduzem inflamações”, complementa o médico.

Além disso, variar a intensidade dos treinos é fundamental para evitar sobrecarga muscular. “Alternar entre esforço e recuperação permite que os tecidos se adaptem melhor. Métodos como botas de compressão, imersão em gelo, piscinas aquecidas e técnicas de massagem também auxiliam na recuperação”, orienta Otaviano.

Outras estratégias, como crioterapia, alongamento, mobilidade e liberação miofascial, também são indicadas para reduzir o desconforto pós-treino sem recorrer a medicamentos.

Por fim, os especialistas reforçam que qualquer uso de remédios deve ser acompanhado por um profissional. “Atletas e praticantes regulares de exercícios devem fazer check-ups para avaliar suas condições físicas antes de iniciar qualquer tratamento medicamentoso”, concluem.

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