Alterações nas unhas, como mudanças na cor, textura ou espessura, vão muito além da estética: podem ser um alerta do seu corpo sobre problemas de saúde que exigem atenção médica.
Você já parou para observar suas unhas de perto? Elas não servem apenas para proteger as pontas dos dedos e dar firmeza às mãos. As unhas também funcionam como um termômetro da saúde do organismo — e certos sinais que aparecem ali podem ser um aviso de que algo não vai bem.
Segundo especialistas, mudanças aparentemente inofensivas, como unhas fracas, com manchas ou espessadas, podem indicar desde carência nutricional até doenças mais graves, como distúrbios hormonais, infecções e até câncer de pele. Veja abaixo as quatro alterações mais comuns que merecem atenção:
1. Superfície irregular, frágil ou descamando
Essa é, disparado, a queixa mais comum nos consultórios dermatológicos. Unhas que se quebram facilmente, ficam rugosas ou descascando podem ser reflexo do envelhecimento natural, mas também podem estar associadas a problemas como anemia por deficiência de ferro, doenças vasculares, alterações hormonais (como disfunções da tireoide), psoríase e até o período gestacional.
Além disso, hábitos diários têm impacto direto na saúde das unhas. O contato constante com água ou produtos químicos, uso frequente de esmaltes e a remoção agressiva das cutículas na manicure são fatores de risco. Até a prática de esportes, como corrida e tênis, pode causar microtraumas e gerar alterações nas unhas dos pés.
2. Mudanças na cor
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou roxas geralmente não indicam gravidade — podem ser resultado de desidratação da unha ou pequenos traumas. Mas alterações em tons mais escuros, como marrom, cinza ou preto, acendem um sinal de alerta. Elas podem indicar a presença de melanoma subungueal, um tipo raro, porém agressivo, de câncer de pele.
A orientação é clara: toda mudança de cor na unha deve ser avaliada por um dermatologista. Isso é essencial para diferenciar alterações benignas de lesões que exigem tratamento imediato.
3. Descolamento da unha
Se a unha começa a se soltar da pele, é hora de investigar. Essa condição pode ser causada por traumas repetitivos, infecções por fungos, alergias a produtos ou doenças sistêmicas. A micose, por exemplo, costuma se instalar após pequenos descolamentos e, sem tratamento, pode afetar toda a unha.
4. Espessamento e acúmulo sob a unha
Quando a unha engrossa, fica endurecida e começa a acumular material por baixo, geralmente estamos diante de uma infecção fúngica avançada. O tratamento, nesse caso, exige não só medicamentos antifúngicos, mas também cuidados mecânicos, como o lixamento da unha, para que os remédios penetrem melhor.
E mais: infecções virais e bacterianas
Além das alterações listadas, as unhas também podem ser afetadas por infecções causadas por vírus (como o HPV, que pode gerar verrugas) ou bactérias, que provocam inchaço, dor e até formação de pus nas bordas das unhas.
Por isso, ao notar qualquer alteração — mesmo que pareça simples —, o ideal é buscar avaliação médica. Em muitos casos, o diagnóstico precoce é o diferencial entre um tratamento rápido e uma complicação mais séria.