Vacinação nas fábricas e nos bancos: Brasil aposta no trabalhador para frear a gripe

Foto: Bruna Araújo/MS

Em uma ofensiva nacional para aumentar a proteção contra a gripe, o Ministério da Saúde deu um passo estratégico: levar a vacinação diretamente aos locais de trabalho de quem move a economia brasileira — bancários e trabalhadores da indústria. Com apoio do SESI e da Febraban, o chamado Dia D de vacinação foi realizado nesta sexta-feira (23/05), mobilizando equipes em todo o país.

A campanha, que tem o apoio direto do governo federal, reforça uma ideia simples, mas poderosa: se as pessoas não vão até o posto de saúde, a vacina vai até elas. E isso está funcionando.

A ação é parte do esforço para conter o aumento das internações por gripe e síndrome respiratória aguda grave, que já vem sendo observado desde abril. O vírus influenza segue como o principal responsável pelos casos mais graves e pelos óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Imunização direto no chão de fábrica e nas agências bancárias

A expectativa é alta: o SESI quer vacinar até 1 milhão de trabalhadores da indústria até o fim de 2025. Já a Febraban estima atingir mais de 365 mil bancários. Para isso, clínicas móveis, vacinação em drive-thru e parcerias com clínicas privadas foram mobilizadas.

Além da vacina contra a gripe, o Ministério da Saúde também distribuiu 22 mil doses de outros imunizantes do Calendário Nacional do Adulto — como febre amarela, tríplice viral, dT (difteria e tétano) e hepatite B — reforçando a ideia de uma imunização completa nos ambientes de trabalho.

Retomada das grandes campanhas e mais acesso

O Dia D de 10 de maio já havia sido um marco, com 1,5 milhão de doses aplicadas em apenas um dia — três vezes mais que a média. Agora, com o apoio do setor produtivo, a ideia é ir além dos grupos prioritários. Se houver vacina disponível, qualquer pessoa que procure uma UBS pode ser vacinada, mesmo fora dos grupos de risco.

Essa aproximação entre saúde pública e setor privado é fruto de um acordo assinado entre o Ministério da Saúde e o SESI no fim de 2024, que garantiu um investimento de R$ 45 milhões para ampliar o alcance das ações de imunização, telessaúde e atenção primária nos locais de trabalho.

Setor privado também faz sua parte

O SESI hoje é o maior vacinador privado do país, atrás apenas do próprio Governo Federal. Para os representantes da entidade, levar a saúde até o trabalhador é uma forma concreta de fortalecer a prevenção e o cuidado contínuo. Já a Febraban, que lidera a 28ª Campanha Nacional de Vacinação no setor bancário, coordena a maior operação privada de imunização do país — com vacinação em agências, empresas e clínicas credenciadas.

Gripe ainda preocupa

Até meados de maio, o Brasil já havia registrado quase 64 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com o vírus Influenza A liderando entre os casos confirmados de infecção respiratória. Foram mais de 2.900 mortes no mesmo período, sendo mais de 1.300 com confirmação de vírus — um alerta claro para a importância da vacinação.

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