As estatinas são medicamentos amplamente utilizados para controlar o colesterol elevado e prevenir doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Atuando na inibição da produção de colesterol pelo fígado, elas ajudam a reduzir o risco de acúmulo de placas nas artérias — um processo chamado aterosclerose.
Embora sejam consideradas seguras e eficazes, como todo medicamento, as estatinas podem causar efeitos colaterais em algumas pessoas. De acordo com um estudo publicado em 2022 na revista Cardiovascular Research, certos grupos têm maior propensão a apresentar esses efeitos: mulheres, pessoas acima dos 80 anos, indivíduos com diabetes tipo 1 e aqueles com doenças hepáticas.
Principais efeitos colaterais
O efeito adverso mais comum associado às estatinas é a dor muscular. Segundo a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, entre 2% e 10% dos pacientes relatam desconfortos musculares durante o uso da medicação.
Em casos mais raros, pode haver quadros como:
- Miosite: inflamação muscular, acometendo cerca de 0,5% dos pacientes.
- Rabdomiólise: condição grave que causa lesão muscular e pode comprometer os rins, afetando 0,1% dos usuários.
Outros possíveis efeitos incluem fadiga, desconforto gastrointestinal e alterações nas enzimas hepáticas — por isso o acompanhamento médico regular é essencial.
A importância da orientação médica
Apesar da possibilidade de efeitos colaterais, especialistas ressaltam que os benefícios das estatinas superam os riscos para a grande maioria dos pacientes. O uso deve ser individualizado, com avaliação cuidadosa dos fatores de risco e histórico de saúde.
Em caso de efeitos adversos, o médico pode ajustar a dose, trocar a medicação ou sugerir alternativas de tratamento.