A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das condições crônicas mais frequentes entre os brasileiros. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,28 bilhão de pessoas no mundo vivem com a doença. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, apontou que mais de 38 milhões de brasileiros já receberam o diagnóstico.
Segundo um especialista, a hipertensão pode ser classificada como primária — sem causa definida e geralmente associada ao envelhecimento — ou secundária, quando está relacionada a problemas renais, alterações hormonais ou uso de certos medicamentos. A pressão elevada é dividida em estágios: pré-hipertensão, hipertensão em grau 1 ou 2, e crise hipertensiva, que exige atenção médica imediata.
A leitura da pressão arterial envolve dois números: o mais alto é a pressão sistólica, que mede a força do sangue nas artérias quando o coração se contrai; o menor, chamado diastólica, é a pressão nos intervalos entre os batimentos. Valores acima de 13 por 9 já são considerados de alerta, enquanto medições superiores a 18 por 11 indicam uma emergência médica.
Apesar de ser mais comum entre adultos e idosos, a pressão alta vem crescendo entre os jovens. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que cerca de 10% dos brasileiros entre 18 e 24 anos já apresentam níveis alterados. Estilo de vida sedentário, consumo excessivo de energéticos, tabagismo e estresse estão entre os principais fatores de risco. Como a hipertensão pode evoluir sem sintomas, o acompanhamento regular é fundamental para evitar complicações como infarto, AVC e insuficiência renal. Manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios, reduzir o sal e controlar o estresse são medidas eficazes tanto para prevenir quanto para controlar a doença. E, quando necessário, o uso de medicamentos deve sempre seguir a orientação médica.