Aquela refeição aparentemente inofensiva pode esconder um risco real para a sua saúde. A intoxicação alimentar, causada por microrganismos como bactérias, vírus ou toxinas presentes em alimentos contaminados, é mais comum do que se imagina — e, em muitos casos, totalmente evitável com atitudes simples no dia a dia.
A contaminação pode ocorrer no preparo, armazenamento ou até no manuseio dos alimentos. Entre os principais vilões estão carnes malcozidas, frutos do mar crus, vegetais mal lavados, ovos crus e produtos fora da validade.
Sintomas e grupos de risco
Os sinais da intoxicação alimentar costumam aparecer poucas horas após a ingestão do alimento contaminado. Náusea, vômito, dores abdominais, diarreia, febre e mal-estar são os sintomas mais comuns. Em casos graves, principalmente em crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, pode haver desidratação severa e necessidade de atendimento médico.
Como se proteger no dia a dia
Evitar a contaminação começa com um hábito básico: lavar bem as mãos antes de preparar ou consumir qualquer alimento. Também é essencial higienizar frutas e verduras, preferencialmente deixando-as de molho por cerca de 15 minutos em uma solução com 1 litro de água potável e 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio.
Outro cuidado indispensável é manter alimentos crus longe dos cozidos, prevenindo a contaminação cruzada. Além disso, alimentos perecíveis devem ser refrigerados rapidamente e nunca deixados por muito tempo à temperatura ambiente.
Alimentos mais vulneráveis à contaminação
Alguns itens merecem atenção redobrada. Segundo especialistas, os alimentos mais suscetíveis à contaminação são:
- Grãos e farináceos (como arroz, feijão e farinha): podem conter fragmentos, insetos ou impurezas;
- Produtos industrializados mal embalados: risco de contato com plástico, vidro ou metal;
- Frutas e verduras: sujeitas a terra, larvas e insetos;
- Pães e queijos: propensos ao aparecimento de mofo.
Além disso, fragmentos estranhos como pedriscos ou plástico podem causar lesões físicas ou engasgamento.
“Insetos presentes nos alimentos carregam microrganismos perigosos, e o mofo pode liberar toxinas que, em alguns casos, são até cancerígenas”, alerta uma nutricionista.
Fique atento a esses sinais
Alguns indícios claros de que um alimento pode estar contaminado incluem:
- Cheiro azedo ou sabor estranho;
- Textura pegajosa ou viscosa;
- Presença de líquido turvo ou espuma em conservas;
- Insetos vivos ou mortos em cereais e frutas secas.
Mesmo sem alterações visíveis, alimentos contaminados podem conter microrganismos invisíveis — por isso, a atenção à higiene e conservação deve ser constante.