Cigarros eletrônicos e tabaco aquecido seguem oferecendo riscos à saúde, alertam especialistas

Reprodução: diana.grytsku/freepik

Quase 20 anos após o surgimento dos cigarros eletrônicos e do tabaco aquecido, o que era anunciado como alternativa “menos nociva” ao cigarro tradicional tem se mostrado uma falsa promessa. Estudos recentes reforçam que esses dispositivos continuam representando graves riscos à saúde, principalmente quando utilizados de forma contínua ou combinada com o tabaco convencional.

De acordo com publicação recente no European Heart Journal Supplements, o uso desses produtos está associado a doenças cardiovasculares, pulmonares e até câncer. Apesar de muitos consumidores acreditarem se tratar de uma opção mais segura ou uma ponte para parar de fumar, os dados mostram o contrário: há casos crescentes de iniciação ao tabagismo entre não fumantes e recaídas entre ex-fumantes provocadas justamente por esses dispositivos.

Outro problema em destaque é o chamado “uso duplo” — quando a pessoa continua fumando o cigarro tradicional, mas também adota o eletrônico ou o tabaco aquecido. Em vez de reduzir os danos, essa prática pode aumentar ainda mais os riscos, somando os efeitos negativos dos dois produtos no organismo.

Embora os níveis de algumas substâncias tóxicas presentes no vapor dos cigarros eletrônicos e no aerossol do tabaco aquecido sejam inferiores aos do cigarro comum, elas ainda são perigosas o suficiente para causar danos à saúde a longo prazo. Especialistas apontam que a exposição crônica, mesmo com níveis mais baixos de toxinas, pode gerar inflamações, lesões celulares e impacto sistêmico em órgãos vitais.

Diante desse cenário, profissionais de saúde e pesquisadores reforçam que as políticas públicas devem continuar investindo em estratégias baseadas em evidências para a cessação do tabagismo, e não em substituições que apenas trocam um risco conhecido por outro.

“O que os estudos vêm mostrando é que essas alternativas não são solução — e, muitas vezes, tornam-se parte do problema. Precisamos reforçar campanhas educativas e oferecer suporte real para quem quer parar de fumar, sem alimentar a ilusão de segurança desses produtos”, alertam especialistas da área de saúde pública.

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