Consumo de suplementos proteicos cresce entre adolescentes, aponta estudo

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O uso de barras e shakes de proteína está se tornando cada vez mais comum entre adolescentes, especialmente entre os meninos. É o que revela um estudo conduzido pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, com quase mil pais de jovens com idades entre 13 e 17 anos.

Segundo a pesquisa, dois em cada cinco pais relataram que seus filhos consumiram algum tipo de suplemento proteico no último ano. O levantamento, realizado em agosto de 2024, apontou que os meninos são os principais usuários e tendem a utilizar os produtos com frequência — diariamente ou na maioria dos dias da semana — com o objetivo de ganhar massa muscular e melhorar o desempenho atlético.

Entre as meninas, o consumo de suplementos ocorre com finalidades distintas. De acordo com os dados, elas costumam utilizar barras ou shakes de proteína como substitutos de refeições em momentos de pressa ou para manter uma alimentação balanceada. Cerca de 10% dos pais indicaram que seus filhos — em especial meninas — recorreram aos suplementos como estratégia para perda de peso.

Especialistas alertam para uso desnecessário

Apesar da popularidade, os pesquisadores alertam que a suplementação proteica raramente é necessária nessa faixa etária. Isso porque a maioria dos adolescentes já consome a quantidade adequada de proteína por meio da alimentação regular.

Mesmo assim, 20% dos pais acreditam que seus filhos não ingerem proteína suficiente, enquanto mais da metade vê dietas ricas em proteínas como benéficas. Os especialistas alertam que esse tipo de dieta pode ser prejudicial para adolescentes, pois o excesso de proteína pode comprometer o consumo de outros nutrientes essenciais, como carboidratos e fibras.

“Dietas muito proteicas não são ideais para o público jovem. Elas podem desbalancear a alimentação e afastar os adolescentes de uma nutrição mais completa”, alerta a equipe responsável pelo estudo.

O que os adolescentes realmente precisam?

A recomendação dos pesquisadores é que adolescentes tenham ao menos uma fonte de proteína em cada refeição, priorizando alimentos naturais e nutritivos. Entre as melhores opções estão ovos, carnes magras, peixes, lentilhas, nozes e laticínios.

A quantidade ideal de proteína varia conforme idade, sexo, peso e nível de atividade física. Por isso, a orientação individualizada com profissionais de saúde ou nutricionistas é fundamental, especialmente para jovens atletas ou com necessidades específicas.

“Incentivar uma alimentação equilibrada e baseada em comida de verdade continua sendo a melhor estratégia para promover saúde entre adolescentes”, conclui o estudo.

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