A popularidade dos aparelhos de luz LED para tratamento da acne tem crescido nas redes sociais — e a ciência começa a indicar que o método pode, de fato, trazer benefícios. Uma análise publicada na revista JAMA Dermatology revelou que esses dispositivos, que utilizam luz azul e/ou vermelha, podem reduzir significativamente as lesões inflamatórias e não inflamatórias da pele em casos leves a moderados de acne.
A luz azul atua combatendo a Cutibacterium acnes, bactéria frequentemente envolvida nos quadros de acne, enquanto a luz vermelha tem ação anti-inflamatória. A revisão analisou dados de seis estudos clínicos randomizados, totalizando 216 participantes.
Resultados visíveis em poucas semanas
Os resultados mostraram que, após entre 4 e 12 semanas de uso contínuo, houve melhora clínica importante nos participantes que utilizaram os aparelhos, em comparação com os grupos controle. A melhora incluía redução de espinhas, cravos e vermelhidão.
Em relação à segurança, os dispositivos foram bem tolerados. Os efeitos adversos relatados foram leves e temporários — como ressecamento, vermelhidão e sensação de desconforto durante o uso.
Cautela ainda é necessária
Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam que há grande variação na potência, no design e nos protocolos de uso dos dispositivos avaliados, o que dificulta comparações diretas e conclusões mais amplas. O número reduzido de participantes também indica que são necessárias mais pesquisas para padronizar o uso da terapia.
Enquanto isso, a recomendação de especialistas é clara: antes de iniciar qualquer tratamento estético, especialmente em casa, é essencial buscar orientação de um dermatologista. O uso inadequado pode agravar o quadro ou causar irritações desnecessárias.