A segurança da doação de rim atingiu seu melhor patamar histórico, de acordo com um estudo do Centro de Pesquisa da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. A pesquisa revelou que o risco de morte associado ao procedimento é extremamente baixo, ocorrendo em menos de uma morte para cada 10.000 doações.
O estudo analisou registros de quase 165.000 doadores de rins nos EUA ao longo de 30 anos e identificou apenas 36 óbitos. Destes, cinco ocorreram dentro de 90 dias após a cirurgia, um número significativamente inferior ao registrado anteriormente, quando a taxa era de três mortes a cada 10.000 doações, com base em dados de 1995 a 2009.
Avanços médicos aumentam a segurança da doação
Os avanços nas técnicas cirúrgicas são apontados como o principal fator para o aumento da segurança na doação de rim. Atualmente, a remoção do órgão é realizada por meio da cirurgia laparoscópica, um procedimento minimamente invasivo que exige uma incisão muito menor em comparação ao método tradicional, que demandava cortes de 15 a 20 centímetros.
A melhoria no acompanhamento dos doadores após a cirurgia também tem sido essencial para a redução de riscos. Os profissionais de saúde estão mais preparados para monitorar os pacientes no pós-operatório e garantir que apenas indivíduos saudáveis passem pelo procedimento.
O estudo também identificou que as complicações mais comuns entre os casos de óbito ocorreram na primeira semana após a cirurgia, principalmente devido à perda de sangue. Homens e pessoas com histórico de pressão alta apresentaram maior propensão a essas complicações. No entanto, a taxa de mortalidade segue em queda, reforçando a segurança do procedimento e incentivando a doação como um ato de solidariedade com mínimos riscos.
Fonte: Terra