Estudo confirma eficácia da insulina semanal em todos os grupos de pacientes com diabetes

Reprodução: peter-facebook/pixabay

Um novo estudo brasileiro apresentado no congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA), realizado em Chicago (EUA), confirmou a eficácia da insulina semanal icodeca em diferentes perfis de pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2. Segundo o endocrinologista Luis Henrique Canani, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisador do Núcleo de Pesquisa do Rio Grande do Sul (NPCRS), a substância demonstrou bons resultados em todos os grupos analisados, independentemente de idade, índice de massa corporal ou tipo de diabetes.

“Ampliamos a pesquisa para avaliar se haveria variações em pacientes com diferentes características — mais magros, mais obesos, com diabetes tipo 1 ou tipo 2 — e os resultados foram semelhantes, sem alterações significativas”, afirmou Canani, que coordena os estudos com a icodeca no Brasil.

A icodeca é a primeira insulina de aplicação semanal aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desenvolvida pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, a substância representa um avanço importante no tratamento do diabetes ao reduzir de 365 para 52 o número de aplicações anuais, proporcionando maior praticidade e adesão ao tratamento.

A nova insulina foi formulada por meio de uma modificação química que prolonga a ação da insulina basal no organismo por sete dias. Em casos específicos, segundo os pesquisadores, a icodeca poderá até substituir a insulina de ação rápida aplicada antes das refeições, dependendo do quadro clínico do paciente.

“Manter apenas a aplicação semanal já é uma realidade possível para determinados perfis, o que representa uma mudança significativa na rotina de tratamento e qualidade de vida dos pacientes”, destacou Canani.

Disponibilidade no Brasil

Apesar da aprovação pela Anvisa, a icodeca ainda não está disponível no mercado brasileiro. A previsão inicial era de que o medicamento começasse a ser comercializado no segundo semestre de 2025. No entanto, segundo fontes da Novo Nordisk, o lançamento deve ser adiado para 2026. A empresa informa que a liberação do produto no país dependerá da capacidade de suprir a demanda nacional sem comprometer a distribuição em outros mercados.

A insulina semanal se soma a outros medicamentos inovadores desenvolvidos pela farmacêutica, como o semaglutida (comercializado sob os nomes Ozempic e Wegovy), reforçando a tendência de terapias menos invasivas e de maior comodidade para pacientes com doenças crônicas como o diabetes.

Fonte: Metrópoles

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