Estudo de Oxford mostra que caminhar todos os dias pode reduzir risco de 13 tipos de câncer

Reprodução: Martin dalsgaard/pixabay

Um novo estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, trouxe evidências fortes sobre os benefícios da caminhada diária: dar mais de 7 mil passos por dia pode reduzir significativamente o risco de desenvolver 13 tipos diferentes de câncer. A pesquisa, publicada nesta terça-feira (03/06) no British Journal of Sports Medicine, acompanhou mais de 85 mil adultos por um período de cerca de seis anos.

Ao longo do estudo, os participantes usaram sensores no pulso durante sete dias para medir a quantidade de atividade física realizada. Nesse período, 2.633 pessoas (aproximadamente 3% dos voluntários) foram diagnosticadas com câncer.

Os dados revelaram que indivíduos que caminhavam ao menos 7 mil passos por dia apresentaram uma redução de 11% no risco geral de câncer, em comparação com aqueles que faziam até 5 mil passos. Já os que alcançavam 9 mil passos diários tiveram risco 16% menor.

Caminhar ajuda a prevenir diversos tipos de câncer

A proteção associada à caminhada diária foi observada especialmente em cânceres como os de esôfago, fígado, pulmão, rim, estômago, endométrio, bexiga, cabeça e pescoço, mama, além de leucemia mieloide, mieloma e tumores intestinais.

Os efeitos mais expressivos foram registrados nos cânceres gástrico, de bexiga, fígado, endométrio, pulmão e de cabeça e pescoço — todos com forte associação ao sedentarismo.

Movimento leve já faz diferença

Um dos achados mais relevantes da pesquisa é que a intensidade da caminhada não foi um fator determinante. Ou seja, caminhar em ritmo leve ou moderado produziu efeitos semelhantes. O mais importante foi o volume total de passos acumulados durante o dia.

Ao analisar os dados, os cientistas observaram que substituir uma hora de comportamento sedentário por uma atividade leve já pode diminuir em 6% o risco de câncer. Quando essa hora é trocada por uma atividade mais intensa, como caminhada rápida ou exercício moderado, a redução sobe para 13%.

Quantidade importa mais que intensidade

Os pesquisadores reforçaram que a regularidade dos movimentos ao longo do dia é o que mais conta para a saúde — mais do que fazer exercícios pesados por curtos períodos. O foco, segundo o estudo, deve ser reduzir o tempo sentado e incorporar mais movimento, mesmo que leve, à rotina diária.

“A quantidade total de movimento diário é mais importante do que a intensidade”, concluíram os autores.

Caminhada: acessível e poderosa

Além de prevenir doenças graves, como o câncer, caminhar também traz benefícios para o coração, melhora a circulação, ajuda a controlar o peso e tem efeito positivo sobre a saúde mental. É uma atividade de baixo impacto, indicada para todas as idades e perfis físicos.

A recomendação geral é praticar de 30 a 60 minutos de caminhada, de três a cinco vezes por semana. Mas, como mostra o estudo, mesmo dividir esse tempo em pequenas sessões diárias — e evitar longos períodos sentado — já faz uma grande diferença.

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