Com a crescente popularidade da semaglutida como medicamento para perda de peso, surgiram preocupações sobre seus possíveis efeitos colaterais, incluindo impactos na saúde mental. No entanto, um novo estudo descarta essa hipótese, indicando que o uso do fármaco não aumenta o risco de depressão, pensamentos suicidas ou comportamento suicida em indivíduos sem histórico de transtornos mentais.
Análise de mais de 3.500 pacientes
A pesquisa revisou dados de mais de 3.500 participantes em quatro grandes ensaios clínicos sobre a semaglutida. Os resultados mostraram que menos de 1% dos voluntários relataram pensamentos ou comportamentos suicidas, sem diferenças significativas entre aqueles que usaram o medicamento e os que receberam placebo. Além disso, 2,8% dos indivíduos que tomaram semaglutida desenvolveram sintomas depressivos, enquanto no grupo placebo a taxa foi de 4,1%.
Resultados consistentes com monitoramento da FDA
Os achados são compatíveis com o monitoramento contínuo realizado pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos. Uma análise dos dados mais recentes não encontrou evidências de que a semaglutida esteja associada ao aumento de pensamentos ou comportamentos suicidas.
Apesar dos resultados tranquilizadores, os pesquisadores destacam a necessidade de mais estudos para avaliar os efeitos da semaglutida em pessoas com diagnóstico prévio de depressão ou outros transtornos psiquiátricos graves.