Uma nova pesquisa indica que bebês alimentados exclusivamente com leite materno durante os primeiros dias de vida, ainda na internação hospitalar após o nascimento, têm menos chances de desenvolver asma nos primeiros anos de vida. O estudo, divulgado nesta última terça-feira (03/06), aponta uma redução de 22% no risco da doença entre os recém-nascidos que receberam apenas leite materno nesse período inicial.
Os pesquisadores destacam que, embora os efeitos positivos da amamentação prolongada já sejam bem documentados — incluindo menor incidência de doenças respiratórias —, os benefícios da alimentação com leite materno ainda no hospital logo após o parto são menos conhecidos e estudados. Esse trabalho busca justamente preencher essa lacuna.
A pesquisa analisou dados de 9.649 bebês, dos quais 81% receberam algum leite materno durante a estadia hospitalar, e 31% foram alimentados exclusivamente com leite materno. Ao longo do acompanhamento, cerca de 5% das crianças foram diagnosticadas com asma. A incidência foi significativamente menor entre aqueles que foram alimentados apenas com leite materno nos primeiros dias de vida.
Além disso, os dados mostraram que até mesmo a primeira alimentação ser feita com leite materno — independentemente da continuidade — já teve impacto na redução do risco de asma, em comparação com aqueles cuja primeira alimentação foi feita com fórmula ou outro tipo de leite.
O estudo levou em consideração diversos fatores que poderiam influenciar os resultados, como a raça da mãe, tipo de plano de saúde, sexo do bebê e tempo de internação. Mesmo com esses ajustes, a associação entre a amamentação exclusiva no hospital e o menor risco de asma se manteve significativa.