Estudo revela que mascar chiclete pode liberar centenas de micro plásticos na boca

Reprodução: pasja1000/pixabay

Pesquisas anteriores já haviam identificado a presença de microplásticos em órgãos humanos, incluindo pulmões, coração e até na placenta. Agora, um novo estudo revelou que o simples ato de mascar chiclete pode ser suficiente para liberar centenas a milhares de microplásticos na boca.

A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), foi apresentada durante a reunião bianual da Sociedade Americana de Química, realizada em San Diego, na terça-feira, 25 de março.

Os microplásticos são partículas microscópicas de plástico, encontradas em uma variedade de produtos do cotidiano, como embalagens de alimentos e roupas. O estudo revela que essas partículas também podem estar presentes em itens aparentemente inofensivos, como os chicletes.

De acordo com o professor Sanjay Mohanty, líder da pesquisa e especialista em engenharia na UCLA, o objetivo do estudo não é alarmar, mas sim chamar atenção para uma questão relevante: “Embora não saibamos se os microplásticos representam um risco para a saúde humana, sabemos que estamos expostos a eles diariamente. Esse foi o foco da nossa investigação”, explicou o pesquisador em comunicado.

Para realizar o estudo, uma voluntária mascou sete chicletes de marcas diferentes, que foram analisados em busca de fragmentos plásticos na saliva. Os resultados mostraram que cada chiclete, pesando em média 1 grama, liberou cerca de 100 microplásticos. Alguns produtos chegaram a liberar mais de 600 fragmentos. Um chiclete típico pesa cerca de 1,5 gramas.

Se uma pessoa consumir 180 chicletes por ano – o equivalente a 15 unidades por mês – pode estar ingerindo cerca de 30 mil microplásticos. Embora esse número seja relativamente baixo em comparação com outras fontes de contaminação, como a água engarrafada, que pode conter até 240 mil fragmentos por litro, ele ainda levanta preocupações.

Os pesquisadores testaram dois tipos de chicletes: os naturais, feitos com polímeros de origem vegetal, e os sintéticos, baseados em polímeros derivados do petróleo. Ambos liberaram quantidades significativas de microplásticos.

Fonte: Metrópoles

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