Histórico familiar aumenta risco de infarto, mas estilo de vida saudável pode reduzir chances, mostra estudo

Reprodução: geralt/pixabay

Ter um pai ou mãe que sofreu infarto do miocárdio em idade precoce pode, sim, elevar o risco de desenvolver a doença cardíaca ao longo da vida. No entanto, adotar hábitos saudáveis é um fator decisivo para reduzir esse risco — mesmo em pessoas com predisposição genética. É o que aponta um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology.

A pesquisa utilizou dados do Framingham Heart Study, um dos estudos mais tradicionais em cardiologia preventiva, e comparou a incidência de infarto em indivíduos com e sem histórico familiar da doença. O foco esteve sobre os fatores de risco modificáveis, como colesterol alto, hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade.

Risco aumentado, mas não inevitável

O levantamento mostrou que, aos 40 anos, indivíduos com histórico familiar e colesterol alto apresentaram 25,7% de risco de infarto nos 20 anos seguintes. Para os que tinham colesterol dentro da faixa ideal, esse risco caiu drasticamente, para 3,4%.

Entre os hipertensos com predisposição familiar, o risco de infarto foi de 26,7%, contra 4% nos que tinham pressão arterial normal. Os dados indicam que mesmo pessoas com risco genético elevado podem proteger o coração com medidas preventivas.

Influência do estilo de vida dos pais

O estudo também revelou que o impacto do histórico familiar é menor quando os pais afetados não apresentavam muitos fatores de risco antes de sofrerem o infarto. Ou seja, o estilo de vida da geração anterior também influencia o risco cardiovascular dos filhos.

Prevenção é a chave

Embora a genética tenha papel importante, os autores reforçam que o estilo de vida é o principal determinante do risco cardiovascular ao longo da vida. Alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle do peso, abandono do tabagismo e acompanhamento médico regular são estratégias eficazes para manter a saúde do coração, mesmo para quem tem histórico familiar da doença.

“A mensagem é clara: não podemos mudar nossa herança genética, mas podemos mudar nosso destino cardiovascular”, concluem os autores.

Recomendações gerais para reduzir o risco de infarto:

  • Manter níveis saudáveis de colesterol e pressão arterial;
  • Praticar exercícios físicos regularmente (ao menos 150 minutos por semana);
  • Evitar o cigarro e o consumo excessivo de álcool;
  • Controlar o peso e a circunferência abdominal;
  • Fazer check-ups periódicos, principalmente para quem tem antecedentes familiares.

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