Ozempic pode proteger o coração de pessoas com sobrepeso e doença renal, indica estudo britânico

Reprodução: Markus Winkler/pixabay

Um novo ensaio clínico conduzido pela Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, indica que medicamentos à base de semaglutida — como o Ozempic e o Wegovy — podem reduzir significativamente o risco de problemas cardíacos e de morte em pessoas com sobrepeso ou obesidade, especialmente aquelas que também enfrentam doença renal.

O estudo acompanhou mais de 17.600 participantes ao redor do mundo, todos com histórico de ataque cardíaco, AVC ou doença arterial periférica, mas sem diagnóstico de diabetes. Eles foram divididos aleatoriamente para receber doses de semaglutida ou placebo ao longo de uma média de 40 meses, entre 2018 e 2023.

Os resultados foram expressivos: participantes que usaram semaglutida perderam, em média, mais de 9% do peso corporal em comparação com os que tomaram placebo. Essa perda de peso foi acompanhada por benefícios significativos à saúde cardiovascular.

Riscos cardíacos caem até 31% em pacientes renais

Entre os pacientes com função renal normal, a semaglutida foi associada a uma redução de 18% no risco de eventos cardíacos graves ou morte. Já entre aqueles com doença renal, os efeitos foram ainda mais marcantes: o risco de problemas cardíacos caiu 31%, e o risco geral de morte, 33%.

Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores alertam que os dados se aplicam a um grupo específico — pessoas com histórico de doenças cardíacas. Portanto, os achados não podem ser automaticamente generalizados para todos os pacientes com insuficiência renal.

Avanço promissor no uso da semaglutida além da diabetes

Originalmente desenvolvida para o tratamento do diabetes tipo 2, a semaglutida tem ganhado destaque por seus efeitos na perda de peso e na proteção cardiovascular. Este novo estudo reforça a perspectiva de que medicamentos como Ozempic e Wegovy possam ser úteis em diferentes frentes do cuidado com a saúde, inclusive na prevenção de complicações em pacientes de alto risco.

Os pesquisadores seguem acompanhando os dados, e os resultados abrem caminho para que autoridades de saúde considerem o uso ampliado da semaglutida em estratégias de prevenção cardiovascular, especialmente entre grupos vulneráveis.

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