Tratamento CAR-T ambulatorial mostra bons resultados em pacientes com câncer no sangue

Reprodução: kjpargeter/freepik

Um estudo recente realizado nos Estados Unidos indica que a aplicação ambulatorial da terapia celular CAR-T pode ser uma alternativa segura e eficaz para pacientes com certos tipos de câncer no sangue, especialmente aqueles de evolução mais agressiva.

A chamada terapia CAR-T — sigla para “receptor de antígeno quimérico” — é um tipo de tratamento inovador que utiliza as próprias células de defesa do paciente. O processo envolve a coleta de glóbulos brancos, que são modificados em laboratório para reconhecer e atacar células cancerígenas, sendo posteriormente reinfundidos no organismo. Apesar do seu potencial, essa abordagem pode ser logisticamente desafiadora. Isso porque, em geral, os pacientes precisam se deslocar até centros especializados, muitas vezes longe de casa, além de permanecer nas proximidades do hospital para monitoramento intensivo, o que exige moradia temporária e apoio constante.

O estudo analisou 82 pessoas diagnosticadas com linfoma de grandes células B que não haviam respondido aos tratamentos anteriores ou que haviam sofrido recaídas após a remissão. Todos os participantes já haviam passado por ao menos duas linhas terapêuticas e, por isso, estavam aptos a receber o lisocabtagene maraleucel — uma das opções aprovadas de terapia CAR-T. A escolha dessa versão se deu por apresentar menores riscos de efeitos adversos graves. Curiosamente, a maioria dos centros médicos envolvidos na pesquisa ainda não havia realizado esse tipo de tratamento antes.

Entre os participantes, cerca de 70% receberam a terapia em regime ambulatorial. Dentro desse grupo, aproximadamente 25% não precisaram ser internados em nenhum momento. Entre os que foram hospitalizados, a média de permanência foi de apenas seis dias — bem inferior aos 15 dias registrados entre os pacientes que receberam a terapia como internados desde o início.

Os efeitos colaterais também foram, em grande parte, leves: metade dos pacientes apresentou síndrome de liberação de citocinas, uma reação semelhante à gripe. Já os casos de neurotoxicidade — que podem variar desde confusão leve até convulsões ou alucinações — foram raros e pouco graves.

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