A Associação Americana de Diabetes (ADA), juntamente com entidades médicas
brasileiras, está emitindo um alerta sobre os riscos do uso de versões manipuladas do
medicamento tirzepatida. Esse remédio , amplamente prescritos para o tratamento de
diabetes tipo 2, controle de peso e redução de riscos cardiovasculares, são aprovados pela
FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. No entanto, especialistas destacam que a
manipulação desses medicamentos pode comprometer sua segurança e eficácia.
A ADA adverte que as versões manipuladas dessas substâncias podem conter
concentrações imprecisas, o que aumenta o risco de reações adversas e diminui a eficácia
do tratamento. Além disso, esses produtos não oferecem garantias sobre a qualidade e a
origem dos insumos, o que eleva a preocupação sobre a integridade dos tratamentos.
a tirzepatida, um agonista duplo que estimula o GIP, têm mostrado resultados positivos no
controle do diabetes e na perda de peso. Isso contribuiu para a crescente demanda pelo
remédio, cujo custo mensal pode variar de R$ 1.000 a R$ 3.000.
No Brasil, a tirzepatida foi aprovada pela Anvisa em (09/2023), ainda sem previsão
de comercialização.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica (ABESO) reforçam a recomendação da FDA e publicaram, em 4 de fevereiro,
um posicionamento conjunto contra o uso dessa versão manipulada. A endocrinologista
Cintia Cercato, membro da SBEM e presidente do conselho da ABESO, alerta que “não
indicamos em nenhuma circunstância o uso de versões manipuladas, pois não há garantias
sobre a qualidade, segurança ou eficácia desses produtos