Hospital infantil Lucídio Portella é referência no Piauí para aplicação do Zolgensma pelo SUS

Reprodução: Foto/GOV PI

O Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP), em Teresina, passou a integrar a lista dos hospitais brasileiros autorizados a aplicar o Zolgensma pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento, considerado um dos mais caros do mundo, é voltado ao tratamento de crianças diagnosticadas com Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença genética rara e grave.

A medida faz parte da nova estratégia do Ministério da Saúde, que começou a oferecer o Zolgensma gratuitamente na rede pública. O remédio, de dose única e custo estimado em R$ 7 milhões, foi incorporado ao SUS por meio de um modelo inédito de Acordo de Compartilhamento de Risco, que condiciona o pagamento à eficácia do tratamento. Com isso, o Brasil passou a contar com o menor preço de lista global do medicamento.

Para o secretário de Estado da Saúde do Piauí, Antonio Luiz, a inclusão do HILP entre as unidades aptas à aplicação do Zolgensma é um marco importante para a saúde estadual. “É uma conquista enorme para o Piauí. Ter um hospital público habilitado a realizar esse tratamento de alta complexidade é um avanço que significa esperança e qualidade de vida para as crianças e famílias afetadas pela AME”, afirmou.

Tratamento inovador, esperança renovada

A terapia gênica oferecida pelo Zolgensma não representa a cura da AME, mas tem potencial para interromper o avanço da doença e melhorar significativamente a vida dos pacientes. Desde 2023, o HILP já aplicou o medicamento em cinco crianças, tornando-se pioneiro no estado.

A médica Lorena Mesquita, diretora técnica do hospital e responsável pela aplicação da terapia, destaca a importância da medicação no combate à doença. “Infelizmente, a AME ainda não tem cura, mas o Zolgensma é hoje uma das melhores alternativas para evitar a progressão do quadro e proporcionar desenvolvimento motor às crianças.”

Segundo o Ministério da Saúde, o acesso ao medicamento deve ser solicitado por meio de um serviço especializado do SUS. Após avaliação clínica detalhada e confirmação de que a criança se encaixa nos critérios definidos, o processo de solicitação da infusão é iniciado.

Para Dirceu Campêlo, superintendente de Média e Alta Complexidade da Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), o protagonismo do HILP nesta iniciativa representa um avanço significativo. “A incorporação definitiva do Zolgensma ao SUS e a atuação do Hospital Infantil Lucídio Portella marcam um novo momento na saúde pública, oferecendo às crianças com AME uma real oportunidade de viver com dignidade e desenvolvimento.”

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