IV Encontro Piauiense reforça importância da desinstitucionalização e do cuidado humanizado em saúde mental

Reprodução: Foto/GOV PI

A luta por um tratamento mais digno e humanizado para pessoas com transtornos mentais foi o foco do IV Encontro Piauiense da Luta Antimanicomial, realizado nesta sexta-feira (16/05), no auditório da FACIME, em Teresina. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Diretoria de Atenção à Saúde Mental, o evento reuniu profissionais, usuários e instituições parceiras para debater políticas públicas, avanços na reabilitação psicossocial e estratégias de desinstitucionalização.

A iniciativa contou com a colaboração da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, reafirmando o compromisso interinstitucional com a pauta da saúde mental no estado.

Para Jaciara Vidal, gerente estadual de Saúde Mental da Sesapi, o encontro é parte de um esforço contínuo da secretaria em ampliar os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e as residências terapêuticas.

“A Sesapi tem investido na expansão desses serviços justamente para oferecer um cuidado mais próximo, mais humano e eficaz. Nosso objetivo é aumentar a cobertura e garantir que mais pessoas possam ser assistidas de forma digna”, destacou.

Vozes que transformam

Um dos momentos mais emocionantes do evento foi a participação de usuários das residências terapêuticas, que compartilharam experiências reais de superação. José de Alencar Rodrigues, de 44 anos, é atendido pela rede de atenção psicossocial há cerca de uma década e afirmou que o acompanhamento mudou sua vida.

“Hoje eu trabalho, tenho amigos, visito minha família. Se não fosse esse cuidado mais atencioso, talvez eu nem estivesse mais aqui”, contou emocionado.

Avanço nas políticas públicas

O encontro também reforçou a importância da desinstitucionalização, um dos pilares da luta antimanicomial, que defende o fim dos tratamentos em manicômios e o fortalecimento de estratégias de cuidado comunitário e integrado.

A proposta do evento vai ao encontro da Política Nacional de Saúde Mental, que prioriza a autonomia, a inclusão social e o cuidado em liberdade, reconhecendo que o tratamento vai além da medicação e deve envolver acolhimento, convivência e cidadania.

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