A Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER) alcançou um marco importante em sua trajetória ao registrar três meses consecutivos sem óbitos maternos, entre janeiro e março de 2025. Esse resultado reflete o compromisso da unidade com a melhoria contínua na infraestrutura, capacitação das equipes, avanços tecnológicos e atualização dos protocolos de atendimento, garantindo cuidados mais seguros e eficazes para gestantes e puérperas.
Desde sua inauguração, a NMDER tem se dedicado a oferecer um atendimento de excelência, com equipamentos de última geração, como ventiladores mecânicos, monitores multiparamétricos e ultrassonografia em tempo real. Esses avanços são essenciais para a prevenção e o tratamento precoce das principais causas de mortalidade materna, como hipertensão gestacional, hemorragias e sepse.
Luciano Malta, coordenador de obstetrícia da NMDER, destaca: “A maternidade tem conseguido reduzir indicadores negativos, como a mortalidade materna, algo que não acontecia há 10 anos. Com uma equipe altamente qualificada e sempre em processo de atualização, além de uma infraestrutura moderna e bem equipada, garantimos um atendimento seguro e de qualidade para nossas pacientes.”
A paciente Luana Alencar, que teve um parto na NMDER, relata sua experiência de forma positiva. Ela foi internada na UTI materna com quadro de eclâmpsia e infecção hepática. “Fui regulada de Picos e não sabia que estava com pressão alta. Graças ao atendimento ágil, pude ser monitorada 24 horas na UTI, onde fiquei sob cuidados rigorosos durante três dias. Se não fosse por esse suporte, minha situação poderia ter sido muito mais grave”, conta.
Além de cuidados médicos, Luana também recebeu apoio multidisciplinar, com acompanhamento psicológico para ajudá-la a lidar com a ansiedade de estar afastada de seu bebê. “O atendimento foi excepcional, desde a equipe médica até os profissionais de enfermagem e nutrição. Me senti cuidada e acolhida em todo o processo”, afirma a paciente.
Comitê de Óbitos monitora e propõe melhorias constantes
Desde 2017, a NMDER conta com o Comitê Interno de Óbitos, que analisa dados sobre morbimortalidade materna, infantil e fetal. Em 2024, a maternidade já havia registrado uma redução significativa de 11% nos óbitos maternos e de 18,8% nos óbitos infantis em comparação ao ano anterior. Agora, os primeiros meses de 2025 reforçam a importância das transformações realizadas na unidade.
“Este resultado é uma prova de que a equipe está comprometida com a segurança e a qualidade do atendimento. Já vínhamos reduzindo os índices de mortalidade materna e infantil, mas ficar três meses sem óbitos maternos é um feito inédito para a NMDER. Isso mostra que as melhorias nas estruturas e processos realmente fazem a diferença para as nossas pacientes”, comemora Carmen Ramos, diretora da unidade.
O coordenador do Comitê, Antônio da Costa e Silva Neto, afirma que o objetivo do grupo é investigar os óbitos, entender suas causas e buscar soluções para evitá-los. “O óbito materno é uma tragédia, e em muitos casos, pode ser evitado. Analisamos cada caso com cuidado para identificar os fatores que levaram a esse desfecho e propor melhorias nos cuidados prestados”, explica.
Planejamento familiar é peça chave na redução de riscos
Outro fator essencial para a diminuição dos índices de mortalidade materna é o planejamento familiar. Segundo a NMDER, garantir que a gestação ocorra no momento mais adequado, com toda a assistência necessária, é fundamental. Além disso, o planejamento familiar é essencial para mulheres com doenças crônicas, nas quais a gestação pode representar risco. O foco da unidade é assegurar que cada gravidez seja segura, tanto para a mãe quanto para o bebê.